segunda-feira, 8 de julho de 2013

Velha do Caxangá

 



Hoje nada de casarão ou beco mal iluminado, até porque o mais famoso fantasma do Recife gosta é de assombrar os pontos de ônibus da Avenida Caxangá – via que serve de caminho para vários bairros como Madalena, Cordeiro, Prado, Cidade Universitária e Várzea.

"O fantasma" que na verdade é uma velha senhora, que começou aparecer na década de 60, nos ônibus elétricos da Companhia de Transportes Urbanos, a CTU. Sempre em torno da meia-noite, os motoristas viam, numa das paradas, aquela senhora toda vestida de preto com uma sombrinha fechada na mão. Ela balançava a sombrinha num gesto largo, pedindo que o motorista parasse.
Avenida em 1966
O condutor, é claro, atendia à solicitação e a velhinha subia. Comportando-se como qualquer passageira, a idosa vinha tranquilamente sentada até a esquina da Rua Benfica com a Estrada dos Remédios, justamente onde começa a Avenida Visconde Albuquerque, no bairro da Madalena. Porém, neste local, a velhinha simplesmente sumia do ônibus.

Os motoristas e cobradores estranharam o fato de ninguém nunca ver aquela passageira tão conhecida descer em qualquer uma das paradas. Intrigados, eles resolveram ficar de olho nela. E, numa das viagens, a tripulação do ônibus viu a estranha senhora desaparecer no ar.



Depois do susto, a velha continuou a acenar com a sombrinha num dos pontos da Avenida Caxangá todas as noites. Mas os condutores nunca mais atenderam ao apelo daquela entidade.


Ninguem sabe ao certo como teria surgido essa aparição e qual seria sua  história. Porém, coincidência ou não, na Avenida Caxangá existem várias casas funerárias que ficam abertas vinte e quatro horas. Será que a velhinha está querendo comprar um caixão?


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