domingo, 21 de julho de 2013

O MISTÉRIO DO MOURÃO

Era uma noite muito chuvosa naquela estrada precária que liga a cidade de Parnamirim, interior de Pernambuco, a uma represa conhecida por Barragem do Chapéu. Éramos um destacamento do exército retornando de um exercício militar e estávamos em uma viatura tipo caminhonete. Eu vinha na cabine com o motorista e havia mais seis soldados os quais viajavam na carroceria coberta.
Próximo da meia noite, trovejava e relampeava bastante. Foi quando um dos soldados que estava viajando conosco na parte de trás da viatura bateu no vidro e pediu para que parássemos.
Demos uma parada perto de um mourão e ele relatou que algo sombrio naquele local tentou puxá-lo para fora da viatura.
Todos nós rimos e não acreditamos no que ele havia dito. Afinal todos estavam cansados e pensamos que seria sua imaginação.
Então seguimos viagem, sempre zombando do rapaz que parecia muito assustado.
Quando chegamos à cidade, fomos procurar o destacamento da Polícia Militar, para nos enxugarmos e dormir, pois para prosseguir viagem estava muito ruim devido à grande chuva que estava caindo.
Naquele destacamento, encontrava-se um senhor conhecido na cidade como Genaro, que tinha fama de ser um bom caçador noturno. Ele ouviu quando nós estávamos rindo do soldado e dizendo que o recruta havia visto um fantasma.
O senhor Genaro calou nossa boca ao dizer precisamente o local onde tudo tinha ocorrido.
Então ele contou que ninguém gosta de passar à noite rente ao mourão na estrada da Barragem do Chapéu.
Revelou que um dia, um amigo dele também caçador, havia sido perseguido por uma sombra muito grande e forte que fazia barulho como uma fera.
O tal caçador deu vários tiros naquele vulto que não parava de caminhar a seu encontro. Sem munição, ele teve que fugiu desesperado, sendo perssseguido por aquilo por uma grande distância, ficando aterrorizado.
Outras pessoas disseram à ele que já haviam presenciado acontecimentos estranhos também naquele local, sendo que ninguém sabia explicar o seria aquilo.
Disse para nós tomarmos cuidado e nunca zombarmos de alguém que contasse algo, mesmo que incrível, pois nós não tínhamos idéia do que nos cerca nesse mundo.
Todos ficamos calados, e nunca mais zombamos daquele soldado que foi vítima de algo inexplicável.

Agora ficou a dúvida sobre o que poderia ser aquilo que o havia agarrado próximo ao mourão misterioso. 

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