"Embora muitos duvidem, mas o Mal
existe, e pode estar nos lugares menos esperados, ou se infiltrar de
forma sorrateira, sem ser percebido."
O fato que irei contar agora aconteceu em São Bernardo do Campo (SP) no ano de 1990, sendo que eu tinha 10 anos nessa época, porém me lembro de tudo como se fosse hoje.
Minha família sempre foi católica e sabemos que o mal existe, porém nunca imaginamos que um dia poderíamos nos deparar com ele.
Minha avó morava em uma casa e nos fundos um tio meu havia construído um sobrado para ele e a esposa dele morararem.
Na rua da casa da minha avó tinha um centro espírita de Candomblé, e a proprietária do centro era conhecida na rua por sempre fazer aquelas festas de Cosme e Damião onde se distribuem doces, sendo que eu sempre ia nessas festas, porém morria de medo dessa mulher porque como éramos pequenos, as crianças mais velhas sempre diziam que na casa dela haviam demônios e espíritos do mal, e porisso as crianças da rua morriam de medo.
Existia tbém na rua uma grande amiga da minha avó que todos a chamavam de vózinha, pois ela era avó de três meninas que moravam na rua e que tinham perdido a mãe bem cedo. Por causa disso as meninas foram criadas pela avó e todos a amavam.
Ela era espírita, porém Kardecista e sempre estava de roupas brancas. Ela tinha um 6º sentido muito apurado devido a sua mediunidade. Nessa época ela estava dando aulas para uma vizinha que se chamava Marisa.
Tudo começou quando a vizinha da frente da casa da minha avó que também frequentava o mesmo centro de Candomblé da outra vizinha, pediu para minha tia que morava nos fundos da casa dela guardar uns armários de cozinha em um quarto vazio que existia na casa, alegando que a filha dela se casaria e não tinha onde guardar os móveis até o casamento
Minha tia aceitou sem problemas, e como é de costume, devido à curiosidade da minha tia, ela abriu as portas dos armários para ver como era o armário por dentro e tudo mais. Desde o dia que estes armários chegaram à casa da minha tia a vida da nossa família nunca mais foi à mesma. Minha tia e suas filhas que na época eram bebes, passaram a ficar sempre doentes, e meu tio não tinha mais vida. Era o tempo todo no médico, ora com minha tia, ora com uma das filhas, ora com a outra filha e assim se seguiu a vida.
Minha mãe também mudou muito, e eu percebia claramente a sua mudança. Ela passou a beber pinga, coisa que jamais havia feito na vida, sendo que eu e meu irmão que na época estávamos com 7 anos tínhamos que ir ao bar comprar pinga pra ela.
Ela sempre bebia dessas pingas bem antigas tipo 3 Fazendas. (Sempre que vejo essa pinga hoje em dia, me vem na memória tudo que passamos). Quando não tinha pinga, minha mãe bebia até álcool puro. Era muito difícil para nós vermos nossa mãe bêbada pela casa, e meu pai que sempre foi muito cético como todos nós jamais poderia imaginar o porque disso tudo.
MInha mãe estava muito mudada. Fazia comidas estranhas que não tinha o hábito de fazer, passava dias sem tomar banho, até que um dia eu a questionei sobre a bebida e perguntei a ela o porque dela estar bebendo, sendo que antes não bebia.
Então ela simplesmente mandou que eu calasse a boca e não me metesse na vida dela. Aquilo me magoou muito, e deste dia em diante decidi que não iria mais comprar bebida alguma pra ela. Meu pai sempre chegava em torno das 18:00 do trabalho, e um dia estava próximo do horário que ele chegaria e minha mãe veio pedir para eu ou para o meu irmão ir buscar a bebida pra ela.
Eu me recusei e convenci meu irmão mais novo a não ir também. Nesse momento ela se transformou em um bicho e veio com uma cinta para me bater. Bem nessa hora meu pai chegou e tirou essa cinta da mão dela, e ela começou a jogar copos por todos os lados e a jogar facas e tudo o que ela via pela frente. Então o meu pai colocou o corpo a frente de mim e do meu irmão para nos proteger e um caco de vidro do copo cortou profundo seu braço. Depois desse ataque minha mãe desmaiou. Nós a colocamos na cama e ela ficou lá até o dia seguinte, quando acordou dizendo que não se lembrava de nada. Nesse ponto nós estávamos achando que ela estava enlouquecendo.
Certo dia a Vózinha que morava na rua da casa da minha avó a procurou e disse que algo de muito ruim estava para acontecer em nossa família, e que se nós não tomássemos a atitude certa na hora certa poderia acontecer uma morte na nossa família.
Depois de 1 semana que ela disse isso o fato aconteceu, minha mãe acordou como sempre e fez um arroz com abóbora, uma comida estranha que eu nunca havia comido. Não comi no almoço e na hora do jantar ela veio me dizer que era pra eu comer, sendo que e eu disse que não queria, e nessa hora meu pai já estava em casa. Então ela começou a rir alto, rir muito e gritar com uma voz muito rouca e alta. Eu inocente comecei a rir também achando que ela estava brincando ou coisa parecida, mas quando percebi que não era brincadeira me assustei porque ela começou a gritar que queria o coelhinho branco dela, que queria o arroz dela.
Só sei que no desespero meu pai a colocou no carro e fomos todos para casa da minha avó. Chegando lá ela estava dormindo, e o meu pai colocou minha mãe na cama. Derrepente ela acordou e começou a se debater como se estivesse possuída mesmo, a gritar e dizer que acabaria com nós todos. Foi nesse momento que a minha avó me tirou do local e me mandou para casa dos fundos, o sobrado do meu tio. Nisso as duas vizinhas que cuidavam do centro de candomblé apareceram e tentavam ajudar sempre segurando a perna esquerda dela para ela se acalmar.
Foi quando a vizinha Marisa que estava estudando com a vózinha as doutrinas espirituais chegou e tentou tirar o espírito do corpo da minha mãe. Eu nessa hora estava na janela do quarto da minha avó vendo tudo. Ela gritava "Sai em nome de Jesus", e de nada adiantava. Minha mãe ria cada vez mais dizendo que o coelhinho dela estava lá e que só faltava buscar o arroz que ela havia feito.
Bem, quando a situação estava muito feia a vózinha entrou no quarto. Ela apareceu do nada, e a primeira coisa que ela disse foi para as duas mulheres largarem o pé esquerdo da minha mãe e se retirarem que não iríamais necessitar da ajuda delas.
Então elas saíram, e minha mãe ao olhar para vózinha desmaiou. Todos que estavam lá foram embora ficando somente nossa família. Então ela nos explicou o que havia acontecido. Ela disse que naquele armário que deixaram no quarto, haviam espíritos malignos que se soltaram pela casa quando o armário foi aberto, afetando as pessoas mais sensíveis, que eram a minha tia e suas filhas com as doenças, e a minha mãe com a possessão, e que na verdade o alvo de tudo era meu tio.
Disse que aquilo havia sido feito por vingança dessas pessoas que já haviam discutido com ele anteriormente, e que como ele tinha um espírito forte, essas entidades tinham se apossado das pessoas mais volúveis que freqüentavam a casa. Disse também que no sobrado do meu tio havia mais 4 entidades em cima da família dele e que elas estavam ali para destruir e causar até morte.
Porém a Vózinha disse que ela sozinha não conseguiria acabar com tudo, pois estava velha e precisava de mais alguém que tivesse o mesmo conceito que ela na lei do espiritismo. Foi quando meu pai lembrou que trabalhava com ele um amigo que tinha um centro espírita no mesmo segmento que a Vózinha.
No outro dia à noite eles foram para casa para acabar com toda aquela coisa do mal que ali estava.
Começaram pela casa dos fundos espantando as entidades para casa da frente, e assim contiruaram depois mandando elas para onde elas deviam ir. Ficamos todos na casa da frente até que eles limpassem a casa dos fundos e nisso minha mãe caiu de novo e começou a se contorcer e a gritar feito louca.
Uma das médiuns que estava lá acompanhou minha mãe o tempo todo a ajudando.
Foi quando tínhamos que ir para casa de trás para eles purificarem a casa da frente que eu vi algo que jamais esqueci na minha vida.
Eles estavam em 4 médiuns, e a médium que estava cuidando da minha mãe foi junto para o fundo com a gente para nos proteger, sendo que quando estávamos entrando na casa eu vi claramente alguma coisa chutar o pé dela e virá-lo com muita violência pensei que ela havia quebrado o tornozelo. Ela gritou e disse: "Saia e me deixe em paz, aqui não é seu lugar - deixa ela (minha mãe)".
Derrepente ela se levantou e andou como se nada tivesse afetado o seu pé. Me recordo que era pequena, más fiquei pasma e perguntei a ela diversas vezes se o seu péa não doía. Ela dizia para que eu não me impressionasse com aquilo e também para que eu não ficasse pensando no que havia visto.
Aqueles trabalhos atravessaram a noite, mas finalmente conseguiram purificar toda a casa, retirando de lá tudo de maligno que havia no local. Depois dessa sessão minha mãe teve que freqüentar um centro espírita por 3 meses para se purificar por completo.
Até hoje nos lembramos assustados desses acontecimentos. Minha mãe diz que não se lembra de praticamente nada do que aconteceu no ano de 1990. Nem do nosso aniversário nem de nada, pois o ocorrido começou no início do ano e se dissipou próximo ao natal.
Deixo aqui minha história para alertar a
todos de que o mal existe e temos que nos apegar a cada dia mais com
nosso Senhor Jesus Cristo para que ele sempre nos livre de todo mal.
Isabel Cristina - SP - Brasil
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