sábado, 20 de julho de 2013

A CASA ASSOMBRADA





Esta historia é verídica...

Eu e a minha amiga (14 anos) adoramos histórias de terror e tudo relacionado com isso... Um dia eu estava com uma certa vontade para terror e a Andréia (a minha amiga) disse-me que tinha encontrado uma casa abandonada. Eu claro que disse para irmos lá... E lá fomos nos, com a Claudia, todas entusiasmadas com a idéia de encontrarmos alguma coisa. Entramos... primeiro vinha o quintal. Nos as três levamos uns paus para nos protegermos (não estávamos à espera que um espírito nos atacasse) e entramos na casa. O primeiro compartimento era praticamente só a entrada e à esquerda havia uma casa de banho. A seguir vinha uma porta de vidro que dava para trancar, mas que não estava trancada, e do outro lado havia umas escadas que iam dar ao compartimento de cima.

O que eu mais gostei foi a sala que tinha um palco que por baixo tinha uma cave. Eu não sei por que mas essa sala deixava-me com arrepios e mesmo assim adorava aquela sala, até que um outro dia um amigo nosso veio conosco. Ele dizia que ia tentar entrar em contacto com os espíritos... mas de repente ele abria os olhos ficava fulo e dizia que não conseguia passar do meio...

Numa dessas vezes ele ia a passar para o outro lado e de repente o meu namorado amanda o pau que ele tinha trazido. Mas o pior de tudo foi que assim que o pau bateu no chão do palco Ouviu-se um grande estrondo e o meu amigo caiu... todo mundo saiu disparado daquela sala e para fora da casa... só eu fiquei no meio da sala... parecia que alguma coisa me chamava... me chamava para estar naquele sitio lindo... Mesmo depois desse dia continuávamos a ir àquela casa... e eu cada vez ficava mais fascinada com aquela sala... até que um dia ao entrar reparei numas coisas que estavam diferentes...um pedaço de madeira que tinha estado sempre deitado na entrada, desta vez estava em pé e com tinta branca quase ainda molhada. No trinco da porta de vidro estava uma cara de um macaco em papel e essa cara dá-me ainda hoje sorte... e depois fomos para a minha sala... e foi aí que eu tive a primeira vez medo daquela casa. Havia coisas que estavam lá que nunca tinham estado, pendurados no corrimão de cima, por cima da sala. Cadeiras estavam pendurados por cabos de electricidade, um vidro estava encostado ao corrimão e o pior... no meio agora estavam marcas de... nem sei o que era.... passamos toda a casa a pente fino... e depois ouvi uma coisa a ser arrastada no andar de baixo, porque entretanto estava no andar de cima...Tok Tok.... a Andréia estava a bater com um ferro num barril que estava ali na entrada...


E de repente ela saiu disparada... eu só sei que fui lá para baixo e esperei por ela lá dentro... então eu ouvi aquilo... o arrastar duma coisa, passos lá em cima, um grito, uma pessoa vestida de preto com olhos brancos e cara pálida a passar na outra ponta da sala....

Eu acho que nunca corri tão rápido na minha vida.... não sei o que apavorou a Andréia mais... os passos de alguém... ou o barril... mais tarde ela contou-me que ela tinha batido no barril com um ferro para ver se tinha alguma coisa dentro e assim que ela batia o barril mexia-se, depois ela tinha ouvido uma pessoa a entrar na sala mas não tinha visto ninguém....

Nunca irei saber o que aconteceu nesse dia... mas só sei que nunca mais voltei a essa casa... nunca mais... nunca mais....juro....

Nunca mais...


Joana Baptista Lessing - Sintra - Portugal

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