sábado, 20 de julho de 2013

TERROR NO GALPÃO DO SÍTIO

As surpresas do sobrenatural surgem mesmo nos locais mais distantes e remotos, espantando todos aqueles que estão menos preparados para enfrentar os fenômenos que ocorrem nessas situações!"
O relato a seguir é sobre um desses acontecimentos!


Vou contar esse fato que aconteceu comigo anos atrás, e que até hoje me dá arrepios só de pensar.

Um tio meu possuia um sítio em uma cidade afastada no interior de São Paulo.

Lá existiam dois Rottweilers, os quais eram os "guardiões" do lugar.
Um se chamava Titã e o outro Thor, e eles eram enormes e bravos com estranhos, menos comigo que os conhecia desde pequeninos, então ficavam até alegres quando eu ia lá.

Nas minhas férias, de vez em quando eu ia para esse sítio do meu tio, pois era um lugar muito legal e tranqüilo.
Nesse sítio existia um Galpão no fundo, um tanto afastado, sendo que era bem antigo, inclusive datando do século XIX, segundo informações de alguns moradores da região.
Quando fui passar as férias daquele ano no sítio, eu como sempre, dava umas voltas pelo lugar, e sempre achava sombrio aquele galpão quando eu passava perto, o qual era grande, escuro e com aparência de mal assombrado.
O quarto em que eu ficava na casa do sítio, era nos fundos.
Era um quarto bem amplo, com piso de madeira, dando até uma sensação de estar em outra época, devido aos móveis que estavam no quarto e também devido à decoração, a qual era bem antiga, mas combinando com o quarto.
Da janela ao lado da minha cama dava para ver as árvores em volta e o galpão que ficava no fundo do sítio, ao longe.
Como à noite não tinha nada para fazer no sítio, pois nem televisão havia, eu ficava lendo alguns livros que levei e também mexendo no meu Palm Top, que era meu companheiro inseparável.
Como na parte externa da casa não havia luz elétrica, a noite o local ficava escuro como um breu, sendo iluminado apenas pelo luar, quando este estava mais presente.
Mas na maioria das noites não dava para ver absolutamente nada do lado de fora da casa.
Na segunda noite em que eu fui para o meu quarto, fiquei como sempre lendo alguma coisa e utilizando alguns programas do Palm Top, mas depois de um certo tempo resolvi dar uma olhada pela janela do quarto, pois estava uma noite fria e ventava bastante, balançando as árvores que ficavam ao lado da janela.
Olhando pela janela, como na noite anterior, estava tudo um breu, não dava para ver nada, a não ser os galhos das árvores próximas ao quarto.
No entanto notei algo diferente que me chamou a atenção.
Lá no galpão no fundo do sítio, havia uma luz meio amarelada que parecia se deslocar pelo local.
Parecia que alguém destava carregando uma lanterna ou um lampião, mas ao mesmo tempo eu sabia que não deveria haver ninguém lá, pois era um local abandonado.
No dia seguinte procurei meu tio e contei a ele o que eu tinha visto na noite anterior, e ele disse que era impossível haver alguém lá, pois era um local bem afastado e além disso, as portas do galpão estavam trancadas.
Fiquei cismado com aquilo, mas procurei arranjar o que fazer e acabei esquecendo.
Em um outro dia quando fui dar uma volta pelo sítio, e já lembrando do galpão, levei a chave do cadeado, a qual pedi para o meu tio antes de sair.
Chegando lá, dei uma olhada por fora e acabei entrando, meio sismado, mas entrei para dar uma olhada.
Lá dentro haviam muitos equipamentos antigos de sítio, como celas, enxadas, foices, cordas, etc...

Tudo aquilo era bem velho mesmo, mas o que mais chamava a atenção era o andar de cima que era escuro, e pelo motivo do galpão ser grande, dava um ar mais sombrio ainda.
No canto, tinha uma escada de madeira que levava para essa parte de cima.
Mas o mais intrigante aconteceu quando eu estava andando olhando as coisas antigas no meio do galpão, na parte de baixo.
Foi quando escutei uma voz que vinha da parte de cima, parece que chamando alguém ou gemendo, não deu para perceber direito.

Como não tinha ninguém mais por lá quando cheguei, e nem tão pouco por perto, achei estranho, mas mesmo assim perguntei em voz alta se tinha alguém lá em cima, mas ninguém respondeu.
Insisti umas quatro vezes, e nada.
Também não quis subir para verificar, pois estava sozinho e poderia ser perigoso.
Achei estranho e fui embora.

A noite chegou, mas não comentei nada com meu tio por surgir outros assuntos.
Antes de deitar, dei uma olhada pela janela, só por curiosidade, e qual foi minha surpresa ao ver novamente aquela luz amarelada no galpão.
Então pensei: Amanhã sem falta vou até lá investigar mais detalhadamente aquele lugar.
Então no outro dia após o café da manhã, coloquei uma calça jeans, camiseta, e calcei uma bota emborrachada que eu levava em lugares mais rústicos, peguei um canivete, e me dirigi em direção ao galpão.
Por coincidência, os dois Rottweilers do meu tio (o Titã e o Thor) me acompanharam em todo o trajeto, o que me deixou mais tranquilo, pois estava de certo modo "escoltado".

Onde eu ia, eles iam também. Achei até legal, pois eu brincava com eles e eles retribuíam as brincadeiras durante o caminho até chegar no Galpão abandonado.
Logo quando entrei no Galpão, os dois Rottweilers ficaram todos os dois com os pêlos arrepiados e começaram a rosnar, como se tivesse alguém lá dentro.
Para dizer a verdade, até eu fiquei com medo, vendo aqueles dois cães enormes com seus dentões para fora.
Então entrei mais um pouco e fui investigando o local, sendo que os dois cachorros estavam altamente alertas, parecendo que estavam percebendo algo.

Quando estava no meio do Galpão de novo, ouvi aquela voz novamente vindo lá de cima.
Naquele momento, os dois Rottweilers foram correndo e subiram a escada de madeira que levava até a parte de cima do galpão. Eu fiquei embaixo observando.
Só escutei os dois Rottweilers correndo de um lado para o outro lá em cima e uma barulheira geral.

Pensei: Pegaram alguém lá.

Então eu peguei um lampião que tinha lá embaixo e subi para ver.
Por precaução tinha levado um isqueiro comigo, caso precisasse acender uma vela ou lampião.
Quando cheguei lá em cima, vi os dois cachorros parados em um canto avançando em algo que eu não via.
Parecia que estavam acuando alguém, pois os dois ficavam lado a lado, tipo empurrando alguém no canto.
Mas não tinha nada lá aparentemente. Aí eu abri uma janela que tinha do lado e iluminou todo o lugar.
E quando eu olhei, verifiquei que não tinha nadinha de nada lá. Olhei por toda a parte e nada.

Com a claridade os cachorros se acalmaram um pouco, mas os seus pêlos estavam arrepiados ainda.
Eu fiquei preocupado assim mesmo.
Então desci e voltei para a casa principal, com os cachorros atrás de mim.
Contei para o meu tio o que tinha acontecido e ele me disse que naquele galpão tinha morrido alguém assassinado muitos anos atrás e que de vez em quando até ele ouvia barulhos por lá, e tinham pessoas que já viram até vultos no lugar nos horários mais tardios da noite.
Nas outras noites eu olhava pela janela e as vezes eu via aquela luz misteriosa vagando pelo galpão.
Eu nem conseguia dormir tranquilo sabendo que aquilo estava acontecendo.

Bem........nos outros dias eu prossegui minhas atividades normais, mas eu nunca mais voltei naquele Galpão, mesmo com a escolta dos dois Rottweilers do meu tio, e também não fiz questão de descobrir quem ou o que estava morando no andar de cima daquele Galpão.
Esse foi o fato mais aterrorizante que me aconteceu, e nunca vou esquecê-lo.

Gustavo - Osasco - SP - Brasil

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