Seu nome era Lucas
Moura, conhecido pelas a sua alegria, tinha muitos amigos, todos queriam
ficar perto dele. Isso tudo antes de Lucas se mudar de escola. Trocou
de escola para uma ETEC, como sempre foi bom aluno conseguiu passar na
prova e ingressar na nova vida acadêmica. Fazia
o mesmo caminho toda a vez para ir a nova escola, entrava na Av. São
Lucas e continuava pela a Anhainha Mello, o caminho até que era longo,
mas ele não se importava, pois agora estaria estudando em um lugar muito
melhor.
Nos primeiros dias Lucas
ficou um pouco acanhado, mas logo já arranjou amigos, e assim foi
durante os dois primeiros meses ele já estava totalmente enturmado e
possuía vários amigos em sua classe. Tudo ia bem até que dois valentões começaram
a infernizar a vida de Lucas por sua baixa estatura, os dois tacharam
alguns apelidos a ele, nomes tão ridículos que seria melhor não comentar
qualquer um deles.
Lucas, agora conhecido
por Lukão, simples ironia a sua altura, andava cada vez mais nervoso com
tudo e todos, suas amizades feitas já estavam cada vez mais frágeis, os
amigos satirizavam o pequeno Lucas sem que ele entrasse na brincadeira.
Já se passava uns cinco
meses desde o inicio das aulas, as ferias de meio de ano estariam
começando no próximo fim de semana, Lukão estava super contente pelo o
fato de não precisar aturar mais os insultos, bem, pelo menos por alguns
dias, ainda sim melhor que nada.
A semana já estava no
fim, já era sexta, ultimo dia antes das ferias, os colegas de Lukão
resolveram pregar uma ultima brincadeira antes das ferias, algo
inimaginável para que ele soubesse o quanto ele era "querido" por todos.
A intenção era de
somente dar um susto no Lukão, um dos garotos deu a idéia de soltar um
fedozinho dentro do banheiro enquanto ele estivesse lá. Todos
concordaram e foi preparado mais de 20 fedozinhos, um para cada garoto,
todos preparados com seus próprios fedozinhos em mão, ficaram a espera
de Lukão se dirigir ao banheiro.
De repente na rodas de
amigos Lukão falou que ia dar uma mijada, nisso a troca de olhares dos
outros amigos foi certa, de que, o plano deveria ser cumprido agora.
Enquanto ele estava indo
a caminho do banheiro os outros garotos se preparavam perto das janelas
para jogar os fedozinho, enquanto isto os dois valentões seguiram
escondidos atrás de Lukão e quando entrou no banheiro, fecharam a porta
com toda a força, Lukão ficou desesperado, começou a bater na porta e a
gritar por ajuda. Foi então que um dos garotos que estavam do lado de
fora gritou "olha aqui a sua ajuda!", e nisso ele atacou o fedozinho
dentro do banheiro, os outros inspirados pelas as palavras de seu
colega, resolveram taca todos os outros de uma vez só.
A fumaça que estava
subindo era densa e o cheiro insuportável, todos estavam rindo muito,
todos achavam que era uma grande brincadeira, todos... Menos o coitado
do Lukão que estava se sufocando dentro daquele inferno.
Cerca de dois minutos
depois, os barulhos feitos por ele se cessaram, os garotos todos dando
risadas, foram em direção a porta para ver a cara de Lukão.
Abriram a porta, e deram
de cara com algo horrendo, coisa que nunca se esqueceriam, um corpo
estirado no chão, seus olhos estavam vermelhos e sua pele azulada, a
fumaça tinha estragado ele de todas as formas.Os
garotos ficaram extremamente preocupados, idéias foram surgindo ao
montes, a mais aceitada foi de enterrar o corpo dele e nunca mais
pronunciara uma palavra sobre o ocorrido, ou sobre a existência de
Lukão.
Resolveram esconder o
corpo embaixo de um monte de entulho que havia na escola, colocaram uma
blusa nele e levaram o corpo sem que ninguém desconfiasse.
Chegando aos entulhos já
começando a levantar as pedras e pedaços de ferro que tinham na
montanha de entulho, e jogaram seu corpo lá cobrindo com entulho,
ninguém se sentiu culpado, pois eles sabiam que o Lukão estava morto...
Ou pelo menos acreditavam que ele estava morto. Realmente ele ainda
estava respirando quando foi enterrado, por culpa da fumaça teve grande
dificuldade de permanecer acordado, só que ninguém sabia disso, todos
acreditavam que ele estava morto.
Todos entraram de
ferias, e após vinte dias sem se verem, se encontraram de volta, talvez
pela a ansiedade de voltar a ver os amigos, todos chegaram bem cedo,
logo na primeira aula todas as cadeiras sendo usadas... Bem quase todas
somente a de Lukão estava vazia.
No final da primeira
aula, chegou a noticia de que não haveria professor na segunda aula,
logo, todos os alunos saíram da classe e foram em direção ao pátio, como
era de costume a roda de amigos foi formada e as conversas entre todos
iam se fluindo.
De repente a voz de
Lukão é ouvida, e ali estava ele atrás de m colega, como se quisesse
entrar na roda e participar da conversa. Os outros ficaram enojados ao
se lembrarem do que, e como, estragaram a vida dele. Sabiam que agora
estavam amaldiçoados a conviver com o espírito dele por muito tempo, não
importa o quanto todos o ignorem, sempre haverá a presença de um Lukão
na roda de amigos.
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