segunda-feira, 15 de julho de 2013

Espirito Escolar




Seu nome era Lucas Moura, conhecido pelas a sua alegria, tinha muitos amigos, todos queriam ficar perto dele. Isso tudo antes de Lucas se mudar de escola. Trocou de escola para uma ETEC, como sempre foi bom aluno conseguiu passar na prova e ingressar na nova vida acadêmica. Fazia o mesmo caminho toda a vez para ir a nova escola, entrava na Av. São Lucas e continuava pela a Anhainha Mello, o caminho até que era longo, mas ele não se importava, pois agora estaria estudando em um lugar muito melhor.

Nos primeiros dias Lucas ficou um pouco acanhado, mas logo já arranjou amigos, e assim foi durante os dois primeiros meses ele já estava totalmente enturmado e possuía vários amigos em sua classe. Tudo ia bem até que dois valentões começaram a infernizar a vida de Lucas por sua baixa estatura, os dois tacharam alguns apelidos a ele, nomes tão ridículos que seria melhor não comentar qualquer um deles.

Lucas, agora conhecido por Lukão, simples ironia a sua altura, andava cada vez mais nervoso com tudo e todos, suas amizades feitas já estavam cada vez mais frágeis, os amigos satirizavam o pequeno Lucas sem que ele entrasse na brincadeira.


Já se passava uns cinco meses desde o inicio das aulas, as ferias de meio de ano estariam começando no próximo fim de semana, Lukão estava super contente pelo o fato de não precisar aturar mais os insultos, bem, pelo menos por alguns dias, ainda sim melhor que nada.

A semana já estava no fim, já era sexta, ultimo dia antes das ferias, os colegas de Lukão resolveram pregar uma ultima brincadeira antes das ferias, algo inimaginável para que ele soubesse o quanto ele era "querido" por todos.
A intenção era de somente dar um susto no Lukão, um dos garotos deu a idéia de soltar um fedozinho dentro do banheiro enquanto ele estivesse lá. Todos concordaram e foi preparado mais de 20 fedozinhos, um para cada garoto, todos preparados com seus próprios fedozinhos em mão, ficaram a espera de Lukão se dirigir ao banheiro.

De repente na rodas de amigos Lukão falou que ia dar uma mijada, nisso a troca de olhares dos outros amigos foi certa, de que, o plano deveria ser cumprido agora.

Enquanto ele estava indo a caminho do banheiro os outros garotos se preparavam perto das janelas para jogar os fedozinho, enquanto isto os dois valentões seguiram escondidos atrás de Lukão e quando entrou no banheiro, fecharam a porta com toda a força, Lukão ficou desesperado, começou a bater na porta e a gritar por ajuda. Foi então que um dos garotos que estavam do lado de fora gritou "olha aqui a sua ajuda!", e nisso ele atacou o fedozinho dentro do banheiro, os outros inspirados pelas as palavras de seu colega, resolveram taca todos os outros de uma vez só.

A fumaça que estava subindo era densa e o cheiro insuportável, todos estavam rindo muito, todos achavam que era uma grande brincadeira, todos... Menos o coitado do Lukão que estava se sufocando dentro daquele inferno.
Cerca de dois minutos depois, os barulhos feitos por ele se cessaram, os garotos todos dando risadas, foram em direção a porta para ver a cara de Lukão.

Abriram a porta, e deram de cara com algo horrendo, coisa que nunca se esqueceriam, um corpo estirado no chão, seus olhos estavam vermelhos e sua pele azulada, a fumaça tinha estragado ele de todas as formas.Os garotos ficaram extremamente preocupados, idéias foram surgindo ao montes, a mais aceitada foi de enterrar o corpo dele e nunca mais pronunciara uma palavra sobre o ocorrido, ou sobre a existência de Lukão.

Resolveram esconder o corpo embaixo de um monte de entulho que havia na escola, colocaram uma blusa nele e levaram o corpo sem que ninguém desconfiasse.

Chegando aos entulhos já começando a levantar as pedras e pedaços de ferro que tinham na montanha de entulho, e jogaram seu corpo lá cobrindo com entulho, ninguém se sentiu culpado, pois eles sabiam que o Lukão estava morto... Ou pelo menos acreditavam que ele estava morto. Realmente ele ainda estava respirando quando foi enterrado, por culpa da fumaça teve grande dificuldade de permanecer acordado, só que ninguém sabia disso, todos acreditavam que ele estava morto.

Todos entraram de ferias, e após vinte dias sem se verem, se encontraram de volta, talvez pela a ansiedade de voltar a ver os amigos, todos chegaram bem cedo, logo na primeira aula todas as cadeiras sendo usadas... Bem quase todas somente a de Lukão estava vazia.

No final da primeira aula, chegou a noticia de que não haveria professor na segunda aula, logo, todos os alunos saíram da classe e foram em direção ao pátio, como era de costume a roda de amigos foi formada e as conversas entre todos iam se fluindo. 

De repente a voz de Lukão é ouvida, e ali estava ele atrás de m colega, como se quisesse entrar na roda e participar da conversa. Os outros ficaram enojados ao se lembrarem do que, e como, estragaram a vida dele. Sabiam que agora estavam amaldiçoados a conviver com o espírito dele por muito tempo, não importa o quanto todos o ignorem, sempre haverá a presença de um Lukão na roda de amigos.


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