Há
uma lenda no México, que remonta a época dos maias muito antes mesmo da
colonização espanhola, que fala sobre uma gigantesca “serpente”
existente na cratera do vulcão Tallacera, batizada com o nome de “Chan”.
“Chan”, está presente também nos profundos e redondos lagos do Yucatán,
venerada como um deus.
Esta “lenda”, presente
até os dias de hoje, vem sendo corroborada por diversas testemunhas que
afirmam ter visto a “serpente” na cratera do extinto Tallacera. As
testemunhas variam de pescadores e camponeses até policiais e sacerdotes
que descrevem a enorme criatura como uma baleia.
Os nativos do Vale do
Santiago, todo mês de setembro, há séculos ou milênios, sobem em
peregrinação até o alto da cratera – a qual abriga um lago de cor
turquesa – para oferecer à serpente os primeiros frutos e para suplicar
proteção.
Dos diversos
testemunhos registrados, há um em especial que merece atenção. É o caso
do policial local Refúgio Silva, que em companhia de vários agentes,
avistou o monstro enquanto patrulhava pelas margens do Tallera. Segundo o
inspetor e seus agentes, ele abriu fogo contra a criatura sem vacilar.
No entanto, a criatura desapareceu em meio às águas do lago.
Como de costume,
alguns estudiosos não admitem a presença de tal criatura no lago da
cratera de um vulcão. Entretanto, segundo estudos realizados pelo
Esquadrão de Resgate Aquático do Corpo de Bombeiros de Salamanca,
próxima de Santiago, a 15 e 20 metros de profundidade, percebem-se
fortes correntes – de oeste para leste – que denunciam a existência de
um ou mais canais subterrâneos. Estes canais seriam capazes de
interligar a laguna de Tallacera com um ou mais dos outros sete vulcões
do local.
Segundo J.J.Benítez,
em seu livro entitulado “Meus enigmas favoritos”, esta hipótese foi
confirmada pelo comandante Juan Quiroga e por outros nativos da região
que, em diferentes ocasiões, ao atirarem troncos e madeiras ao lago do
Rincón de Parangueo (um dos vulcões próximos), pouco mais tarde,
viram-os emergir à superfície do Tallacera.
Se Chan realmente
existe, seu habitat não se limita tão somente ao Tallacera, mas talvez a
todo o complexo subterrâneo de canais que deve existir na região. Não
só isso, provavelmente existe, assim como em Ness na Escócia, toda uma
família de “Chans” presa no local.
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