terça-feira, 22 de dezembro de 2015

FREYR E A GIGANTE GERD









A estória de Freyr, Gerd e Skirnir é contada na sua versão integral no poema da Eáda, Skírnismal. Snorri Sturluson reconta-o de uma forma mais curta e mais romanceada
em Gylfaginning. A história começa em Asgard. Freyr, deus da riqueza e da fertilidade, encontra-se sentado
em Hlidskialf, a casa de Ódin, de onde tem uma
vista sobre todos os mundos do universo. Ao olhar
para baixo, para o mundo dos gigantes, ele viu
Gerd, uma bela gigante, no pátio da casa do pai
e apaixonou-se por ela de imediato. Ficou lânguido.
O servo de Freyr - Skirnir - foi-lhe
perguntar o que o perturbava. Ele explicou,
mas sentia que a sua paixão estava
condenada a não ser correspondida. Skirnir ofereceu-se para ir até à Terra dos Gigantes
e fazer a corte a Gerd em nome dele. Pediu emprestado a espada mágica de Freyr
e o cavalo e, após transpor montanhas
e um anel de fogo à volta da Terra
dos Gigantes, chegou à casa de Gerd, mas
deu com a entrada barrada por cães de guarda. Gerd, porém, decidiu recebê-lo nos seus aposentos.
Skirnir comunicou-lhe o amor que Freyr sentia por ela e ofereceu-lhe, como estímulo, maçãs douradas e Draupnir um anel de ouro que por magia se produziu a si mesmo, mas Gerd tinha imenso ouro e rejeitou com desdém estes presentes. Depois Skirnir ameaçou-a de morte com
a espada de Freyr (e ao pai gigante,
Gymir, se ele tentasse intervir),
mas Gerd continuou a resistir. Skirnir
descreveu com a minúcia de um gráfico
as conseqüências de uma praga que
ele iria lançar sobre ela, se persistisse
na rejeição do generoso amor que Freyr
lhe oferecia.
A maldição seria gravada em
runas em uma «varinha de condão domesticadora», condenando Gerd
a uma verdadeira morte em vida na Terra dos Gigantes. Skirnir descreveu-lhe
a vida que iria ter sob a maldição, como uma imitação burlesca daquela de que poderia desfrutar na companhia
dos deuses se aceitasse a mão de Freyr. Iria viver no limbo do seu mundo, como acontecia com Heimdall, o vigilante
dos deuses em Asgard; mas enquanto que ele guardava o seu mundo contra
os ataques, Gerd seria apenas uma prisioneira, olhando para tudo e ansiando pela fuga, que só a morte
lhe podia trazer. Teria como única bebida a urina das cabras, uma prescrição suficientemente severa mas tornada ainda mais pungente pela informação de que os deuses extraíam um excelente hidromel do úbere da cabra Heidrun, que se apascentava das folhas
da árvore do mundo. Gerd seria olhada pelos outros, neste mundo de pesadelo, como uma aberração e, se decidisse casar-se, o melhor par com que poderia contar era um gigante de três cabeças chamado Hrimgrimnir.
Os seus dias arrastar-se-iam de forma penosa e seria constantemente perseguida pelos trolls que seriam
a sua única companhia. As lágrimas passariam
a ser permanentes e o desejo atacá-la-ia com uma força incontrolável.
Gerd só cedeu quando Skirnir começou a gravar as runas, o que tornaria esta visão aterradora em realidade. Ela concordou em encontrar-se com Freyr durante nove noites a partir de então, em Barri, um local descrito como «sepultura calma». Skirnir regressou
com as novidades para Freyr e o poema termina com o deus a queixar-se do prazo imposto por Gerd à união. São possíveis diferentes interpretações desta estória, mas talvez a mais correta seja uma leitura simbólica, como um mito sobre
a fertilidade agrícola. Assim, Freyr, geralmente considerado na mitologia como um deus da fecundidade, representa o Sol; Gerd é a terra não fertilizada; e Skirnir, o intermediário, cujo nome significa «o brilhante», e representa os raios de Sol que fazem com que os cereais germinem.

ASSUSTADA


Isso aconteceu comigo quando eu era uma garotinha. Eu tive várias outras experiências mas essa ficou realmente marcada na minha cabeça mesmo após todos esses anos. É como se tivesse acontecido ontem.

Quando eu tinha 10 anos (por acaso eu tenho 39 agora, então dá pra ver a quanto tempo foi) nós morávamos em uma casa no campo. Só tinha algumas casas em volta e nenhuma era perto da nossa.

Era uma boa casa. O meu quarto focava na frente da casa e o dos meus irmão ficava na frente do meu. Eu estava sempre assustada no meu quarto, mas numa noite eu estava mais assustada do que o usual.

Eu tinha acabado de ir para a cama e estava tentando ficar confortável na cama. A minha cama ficava com a cabeceira encostada na parede, e ficava entre o meu armário e um outro armário onde a minha mãe colocava os lençóis e outras roupas de cama e toalhas. A minha cama ficava entre os dois armários.

Assim que eu deitei a cabeça no travesseiro e fechei os olhos o outro travesseiro que ficava do lado do meu se mexeu, como se alguém tivesse deitado a cabeça lá. Isso me apavorou, mas nem tanto quanto o que aconteceu em seguida. Eu sentei na cama e olhei para o lado, onde estava o armário com os lençóis e toalhas, e de repente uma mulher apareceu e ela tinha algo nas mãos, mas eu não consegui identificar o que era. Parecia que ela estava vestindo um roupão de banho e tinha uma toalha enrolada na cabeça. Ela andou até o armário e a porta abriu, ela colocou algo lá dentro e a porta se fechou depois ela virou e andou até onde a minha cama estava e então ela desapareceu.

Eu fiquei tão assustada que eu pulei da cama, corri para o corredor e bati com tudo em uma enorme caixa de meias que o meu pai trouxe do serviço, e foi assim que os meus pais me encontraram, com o pé no ar e o resto de mim enterrada em um monte de meias dentro da caixa.

Depois disso eu implorei para os meus irmão trocarem de quarto comigo, e então nós trocamos. Eu nunca vi nada no meu quarto novo.

Pouco tempo depois nós vendemos a casa e nos mudamos para o Rio de Janeiro.

Obrigada por ter lido a minha história.

ASSOMBRADA PELO MEU EX


O meu ex marido, caio, e eu nos divorciamos a 10 anos. Durante esse período, não nos falamos mais de 3 vezes. Eu me mudei para outro estado e tenho uma vida nova e uma família maravilhosa.

Num domingo a tarde eu estava deitada na cama lendo um livro quando eu senti uma forte sensação de que o meu ex marido estava no quarto, eu podia até sentir o cheiro do perfume que ele usava, bem fraco, mas sentia. Para ser mais especifica parecia que ele estava parado no canto do quarto me olhando. Eu achei que aquilo era meio estranho e tentei ignorar tudo e continuar a ler o livro, mas a sensação ficava mais forte a cada minuto. Eu senti como se ele quisesse que eu falasse o nome dele. Me sentindo muito estúpida eu falei "Caio. Isso quer dizer que você está morto então?", então aquela sensação estranha desapareceu. Eu pensei em ligar para ele para ver se ele estava bem, mas eu tinha perdido o numero dele e da família dele.

Na noite de terça feira eu recebi uma ligação da minha ex-sogra. Ela me falou que o Caio tinha sofrido um acidente de pára-quedas e que tinha falecido, no domingo a tarde. Eu não podia acreditar. Por que dentre tantas pessoas que ele podia ter visitado, ele veio a mim?

Hoje em dia eu realmente acredito em fantasmas e na vida após a morte, mesmo sem ter visto nada.

ASSOMBRAÇÕES OU SEQUELAS?


Quando eu tinha 14, eu fui diagnosticado com um tumor inter-craniano, também conhecido como angiofibroma. Durante a minha estadia no hospital, eu me perguntava com freqüência "por que eu?" ou "será que isso vai me matar?" Não era nada bom. A cirurgia veio e foi e eu me recuperei bem, com a ocasional dor de cabeça me lembrando do que eu passei. Bem, antes da minha cirurgia, eu nunca tive uma experiência paranormal, ou imaginava ter uma, mas depois, eu fui amaldiçoado com ocorrências que pareciam pesadelos e estranhos barulhos.

A noite em que tudo começou, foi como uma outra noite qualquer. Eu estava dormindo e então acordei de repente com o som de alguém batendo palmas. Eu olhei para o relógio antes de qualquer coisa, e era cerca de 2:30 da manhã. Então eu olhei pela escuridão do meu quarto, e vi uma figura. Era uma mulher alta. Ela estava andando de um lado para o outro e batendo palmas! Eu gritei o mais forte que eu podia enquanto tentava alcançar o interruptor da luz. Quanto eu olhei de volta, com o quarto já iluminado, ela não estava mais lá. A minha casa nunca teve histórias de assombração, ou algo parecido.

Mas algumas coisas aconteceram, mas cerca de 10 meses depois, algo pior aconteceu. Era cerca de 4 horas da manhã e faltava umas 3 horas para a escola. Eu estava acordado, e então eu ouvi um som que parecia ser um animal grande ou algo assim, gritando, do lado de fora da minha janela. Parecia muito o som que o diabo da tasmânia faz nos desenhos. Eu fiquei tão assustado que não conseguia me mexer. Eu estava paralisado de medo! No segundo que o grito parou, eu pulei da cama e corri para o quarto dos meus pais, onde eu acordei a minha mãe e falei o que tinha acontecido. Ela falou que eu já estava velho demais para aquilo, e eu concordei plenamente e falei que eu não estava imaginando nada.

E então, a minha mãe se levantou e buscou o cachorro na cozinha. Ela abriu a porta de deixou o cachorro sair. Depois de uns cinco minutos, ele voltou correndo para dentro, assustado com alguma coisa. Eu falei isso para a minha mãe. "Mão, eu estou falando a verdade! Eu ouvi algo estranho lá fora e o cachorro voltou assustado! Tem alguma coisa lá fora!" Ela só suspirou e falou que eu estava imaginando coisa e voltou para a cama. Eu nunca contei mais nada que aconteceu para ela.

As vezes eu me pergunto coisas como "Será que eu estou alucinando com essas coisas?" "Será que estou ficando louco?" "Será que o tumor e a cirurgia afetaram alguma coisa na minha cabeça?" Eu acho que nunca saberei as respostas para essas perguntas, mas o tumor não explica o cachorro ter ficado com medo naquela madrugada.

ASSOMBRAÇÃO


Quando a maioria das pessoas ouve a palavra assombração elas pensam em uma criatura sem pés coberta por um lençol, que causa problemas na vida de alguém. Mas no meu caso a coisa é um pouco diferente.

Uma noite eu fui para o banheiro para preparar o meu banho de espuma, como eu faço toda sexta feira a noite. Enquanto eu colocava o xampu na banheira para fazer a espuma, eu notei que a torneira estava embaçando como se tivesse alguém respirando em cima dela. Eu tentei me convencer que era só o calor da água, o que teria me convencido, se a torneira não estivesse desembaçando e embaçando de novo.

Eu apenas fiquei olhando decidida a acreditar que era apenas o vapor da água que estava saindo da banheira. Quando ela estava quase cheia, eu coloquei a mão para ver se estava quente. Estava da temperatura perfeita. Eu me virei, fui até a porta, pendurei o meu roupão e voltei para a banheira. No que eu entrei nela um frio tomou conta do meu corpo, e me fez pular para fora dela. A água estava completamente gelada, como se eu tivesse colocado água de geladeira na banheira! Mas antes que eu pudesse sair da banheira, eu senti (só senti, não vi nada) alguma coisa segurando o meu braço e me puxando de volta para a água.

Eu acho que bati a cabeça em algum lugar e fiquei inconsciente, porque eu acordei depois de um tempo ainda na banheira, com a minha cabeça a apenas alguns centímetro acima da água. Eu estava com muito medo de me mexer. Eu só olhava em volta, e não via nada. Quando eu olhei para o meu corpo, ele estava coberto de hematomas, arranhões e alguns pequenos cortes. Depois de um tempo eu juntei coragem para me levantar e sair da banheira. Cada centímetro do meu corpo doía, mas eu sai sem sentir nada de estranho e sem ser atacada de novo.

Até hoje eu não sei o que aconteceu, e eu não tenho idéia do que pode ter me atacado tão brutalmente, por que eu não fiquei lá tempo suficiente para descobrir, eu me mudei algumas semanas depois. Mas a lembrança daquela noite está queimada na minha cabeça.

Alguns psicólogos e terapeutas disseram que eu imaginei tudo, que eu devia estar aliviando alguma experiência traumática de infância. Eu posso não ser médica ou psicóloga, mas eu sei que o que aconteceu lá não tinha nada a ver com alguma experiência traumática de infância. Tinha alguma coisa naquele apartamento que me atacou sem motivo aparente nenhum.

AS MINHAS EXPERIÊNCIAS


Sempre tive muitas dúvidas com relação ao mundo dos espíritos, nunca tive interesse em me aprofundar no assunto por achar tudo muito fantasioso, até que começou a acontecer fatos estranhos que a seguir passo a relatar.

Primeira Experiência:
Era um sábado que fazia uns 40º grau de calor escaldante, cheguei em casa vindo do super mercado por volta da 14:00 horas. Como estava muito calor, entrei, fechei a porta e fui para a cozinha guardar as compras, em seguida sentei-me num sofá da sala tomando um copo com água, de repente, ouvi um barulho e a porta da sala se abriu inteiramente, olhei espantada, pois não estava ventando, como poderia a porta se abrir sozinha, quando me voltei para olhar vi perfeitamente minha avó e meu avô, minha avó estava com uma saia preta e uma blusa branca e meu avô estava com um jaleco e sem muletas, nesse momento minha avó disse o seguinte: Minha neta eu só vim aqui para pedir a você que avise as minhas filhas que eu estou muito bem e feliz ao lado do seu avô. Eu fiquei observando aquela imagem pelo menos por uns três minutos, quando desapareceu, e só nesse momento é que eu lembrei que os meus avós já haviam falecidos há mais de 20 anos.

Segunda Experiência
Eu tinha um amigo que mora na Rua Conde de Bonfim, defronte a  Rua dos Araújos, na Tijuca, era dia 09/12/87.
Uma sexta-feira, saímos com um grupo de amigos, eram mais ou menos 22:00 horas, quando esse meu amigo por nome de Carlos Alberto, disse que iria embora, pois tinha caído na praia e machucado a perna estava doendo muito, eu então lhe pedi uma carona, no caminho de casa, ele me convidou para ir no dia seguinte ao Shopping Center da Barra, que ele iria levar a filha dele para fazer compras, combinamos que ele passaria na minha casa as 8:00 horas da manhã, pois ainda tínhamos que ir a Niterói buscar a filha dele, tudo combinado ele me deixou em casa e rumou para a casa dele.
Chegando em casa, assisti um pouco de televisão e logo fui dormir. Tive um sonho, em que esse meu amigo me telefonava e dizia para eu ir para a sua casa que ele estava passando mal,  levantei-me vesti a mesma roupa que eu havia saído, e encaminhei-me para a casa dele, chegando a rua  percebi que não tinha trazido a bolsa com o dinheiro para pagar o táxi, fiz menção de voltar para a casa, quando notei que eu não estava andando e sim flutuando, estava uma noite linda, com uma brisa muito fresca e comecei a andar pelo meio da rua.
Chegando perto da casa dele, mais precisamente em frente à Mesbla, percebi uma luz muito forte, mas estranha, quando vi vários carros de policia com os faróis altos, e um grande tiroteio, fiquei desesperada e me escondi atrás de um latão de lixo, em frente a um prédio, quando um tiro acertou o latão, nesse exato momento acordei, estava tão suada que até os meus  cabelos estavam molhados  e muito cansada, olhei para o relógio eram precisamente 3:45 horas, tomei um banho e voltei a dormir.
No dia seguinte acordei atrasada já era 08:10 horas, nessa época esse meu amigo estava sem telefone, pois havia se mudado para esse apartamento  apenas um mês e a telerj ainda não havia instalado o telefone, então me vesti e fui direto a casa dele, já que não estava na portaria, deduzi que também poderia estar atrasado. Chegando na casa dele toquei companhia e quando a mãe dele me atendeu, ainda sonolenta, eu lhe perguntei !
O  Carlos esta em casa, ela então me respondeu
Ele ainda não acordou, e eu lhe perguntei:
Ele esta passando mal? Ao que ela me respondeu:
Não, é que não dormimos a noite inteira, por conta de um tiroteio que teve ai em frente.
Fique pasma, mas não fiz nenhum comentário, achei que estava muita velha para me chamarem de mentirosa.

Terceira Experiência 
Tenho uma amiga de nome Denise, arquiteta e moradora na cidade de Niterói, um dia estávamos conversando e ela comentou que teria que fazer um memorial de incorporação na empresa em que trabalhava e não tinha a menor noção de como seria esse trabalho, eu então me prontifiquei a ajudá-la, pois estava fazendo memorial para a empresa em que trabalho de um prédio que seria brevemente lançado. Pois bem a partir desse dia e nos dias que se seguiram, nos falamos sempre, pois todos os dados e informações eu lhe passava por telefone sempre à noite e ficávamos até altas horas da noite conversando, sobre o trabalho e assuntos diversos. Certa vez  já alta hora da noite, quando estávamos conversando ouvimos uma risada de criança, no mesmo momento eu lhe perguntei:
P - Denise - você ouviu?
R - Sim - me pareceu uma criança;
P - Você tem extensão ai?
R - Não, e você?
P - Também não, deve ser linha cruzada.
Continuamos nossa conversa até mais algumas horas, na hora de nos despedir a voz da criança falou:
Oi. Por falar em criança, a criança sou eu.
P - Denise você ouviu?
R - Sim, claro.
Não demos importância ao fato, e desligamos o telefone.
Na noite seguinte e em outras sempre essa criança brincava com a gente no telefone, sempre rindo e dizendo a mesma frase “ por falar em criança a criança sou eu”.
Uma noite, embora a criança nunca atrapalhava a nossa conversa, pois ela sempre falava na hora em que estávamos nos despedindo, dava inclusive para escutar a sua respiração e isso sim, incomodava, eu lhe perguntei.
P - Hei menininha, é muito feio ouvir conversa de adulto, principalmente no telefone;
R - Oi por falar em criança a criança sou eu.
P - Porque você fica ouvindo a nossa conversa?
R - Risos - por falar em criança a criança sou eu.
P - Você esta sozinha em casa? Cadê seus pais”?
R - risos
P - Você dorme sozinha? Eu acho melhor você ir dormir, senão eu vou contar a seus pais que você fica ouvindo a conversa de adulto no telefone.
R - risos.
Bem, essa historia durou pelo menos uns quinze dias, até terminarmos o trabalho.
Uma sexta-feira, eu estava saindo do trabalho e quando passava no Edifício Menezes Cortes, ouviu perfeitamente a frase e o   riso da criança, no mesmo momento olhei ao meu redor para ver se era alguma criança e não vi nada. Sai o prédio onde estava e fui até a Igreja que fica na Rua Rodrigo Silva , Nossa Senhora do Bom Parto, e lá fiz uma oração em intenção dessa criança.
Sai da igreja e fui direto para casa, por volta das 23:00 horas o telefone tocou, quando atendi a mesma voz dizia:
Muito obrigada, obrigada do fundo do coração, muito obrigada mesma.
Isso me foi dito, repetidas vezes com uma rapidez que não sei como relatar.
O mais estanho é que o meu telefone já estava com defeito a mais de 5 dias.
A partir desse dia eu nunca mais ouvi essa criança.

Quarta Experiência
Eu moro sozinha com o meu irmão, uma noite tínhamos acabado de chegar, quando de repente, começou a acontecer fatos estranhos, primeiro a televisão que estava ligada na sala desligou várias vezes, a tomada saia da parede, sem qualquer explicação, o botão do fogão também foi apagado várias vezes. Em um dado momento, quando estávamos na sala o chuveiro do banheiro abriu-se, eu muito assustada falei ao meu irmão, tem gente ai, ele me disse, como se quando entramos não vimos ninguém, eu então abri a porta da rua do apartamento, para que se fosse alguém eu poder correr, fui então até a porta do banheiro e começai a perguntar tem alguém ai, sem resposta olhamos pelo basculante e não havia ninguém, abrimos a porta do banheiro e, a minha toalha estava no chão com respingo de água, o chuveiro pingando, e no tapete do banheiro tinha marcas de dois pés, sendo que a marca era só do pé direito. Comecei a rezar e fui para o meu quarto, quando abri a porta, o meu ventilador que é de chão, estava em pé em cima da cama e os tapetes do quarto fora do lugar, como se alguém tivesse desarrumado.

Quinta Experiência
Bem, essa experiência aconteceu no mesmo mês da experiência anterior, aliás, foi um mês de tormento vivido por mim, meu irmão e um vizinho.
Era por volta de 20:00 horas, eu estava sentada assistindo televisão na sala, e meu irmão na cozinha preparando um lanche, ele veio até a sala, com uma mão segurando um sanduíche e na outra mão segurado um suco, começamos a conversar, em um dado momento ele fez uma expressão de dor, ao que lhe perguntei
P - O que foi nenê?
R - Nossa parece que eu levei um aranhão bem aqui no peito.
Bem ele foi para o quarto dele acabar de comer o lanche, eu também fui ao quarto dele fazer um trabalho no computador, quando meu irmão terminou de comer o lanche, ele levantou-se e foi dar comida aos peixes, nessa época tinha um aquário no quarto, com uma mão ele estava segurando a vasilha de alimento do peixe e com a outra mão ele estava abrindo a tampa do aquário, quando começou a gritar.......
Gizelda olha o que esta acontecendo, parece que estão arrancado a pele das minhas costas, o que e isso?, caiu no chão e começou a chorar devido à dor.
Quando olhei as costas dele e o peito, estava realmente todo arranhado, como se alguém tivesse lhe dado chicotadas, apavorada pedi socorro a um amigo que morava no apartamento 201 do mesmo prédio, eu e esse meu amigo ficamos até a 1:00 hora da madrugada rezando, e meu irmão sentido muita dor, quando conseguiu adormecer, meu vizinho foi para casa. Mais ou menos uma meia hora depois ele acordou, foi até meu quarto e disse que não estava se sentido bem, então eu lhe falei:
Está muito calor, vai tomar um banho que eu vou fazer um café pra você
Ele entrou no banheiro e alguns minutos depois, começou a gritar novamente;
Meu vizinho voltou para a minha casa, e ficamos até amanhecer o dia com esse terror dentro de casa.
Mediante estes fatos, fui procurar ajuda, a primeira pessoa com quem falei foi um padre, pedi a ele que fosse a minha casa para fazer uma oração, que até hoje estou esperando em seguida falei com uma amiga que é evangélica, acho que não acreditou em minha história, pois não deu nenhuma importância.
Nesse caso fui procurar um centro chamado Mistrael, perto do Méier, lá conheci o Sr. Salatiel, que prontamente foi à minha casa várias vezes fazer um trabalho para afastar esses espíritos, mas mesmo assim o fenômeno continuava, só que muito mais brando.
Sendo este centro um pouco longe da minha casa, e as sessões serem à noite, eu resolvi ir ao um centro na Rua Santo Amaro, por nome Frater, que funciona aos sábados.
Lá chegando, eu falei com o Sr. Jorge, relatando somente os fenômenos que tiveram violência, este então me deu uma ficha e mandou que eu fosse ao andar de cima e aguardar a minha chamada.
E uma sala grande, com um auditório que comporta mais ou menos umas 150 pessoas, no fundo dessa sala ficam umas 10 macas com várias pessoas deitadas para serem atendidas. Aguardei por volta de 2 horas, quando fui chamada e mandaram eu deitar em uma das macas, que ficava bem próximo ao auditório, longe de janelas e portas. Uma senhora chegou a mim e pediu que eu rezasse e aguardasse, afastou-se.
Nessa sala existe um grupo de pessoas trabalhado, atendendo as pessoas que estão nas macas, uma de cada vez é atendida por esse grupo.
Em dado momento, eu senti um forte cheiro de perfume, abri os olhos e comecei a olhar embaixo da maca, me parecia que tinha caído um vidro de perfume, uma das pessoas que estava nesse grupo aproximou-se de mim e falou, vejam o que esta acontecendo aqui, esta moça está exalando um perfume de rosas, todo o grupo inclusive Dr. Stien (entidade) fizeram uma roda em minha volta e começaram a rezar, e no mesmo momento, caia uma névoa perfumada em  todo o centro.
Mediante o acontecido, a entidade, mandou que eu voltasse ao centro para conversar com o Sr. Jorge, porque eu tinha muito trabalho a fazer. Todo o grupo fez oração, para limpar a minha casa.
Bem, depois disso eu nunca mais voltei ao centro.

Sexta Experiência
Estávamos em fevereiro do ano de 1977, eu trabalhava no Sindicato dos Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro, o salário era irrisório, não tinha condições nem de alugar um quarto e sala para morar. Foi nessa época que eu, como trabalhava só meio expediente, vim trabalhar na parte da manhã por uma temporada nessa empresa a qual estou até hoje. Passados aproximadamente um mês que eu estava nessa empresa, o gerente financeiro me fez um convite para trabalhar como efetiva, a proposta era muito boa. Mediante essa proposta procurei o meu Diretor no Sindicato, Sr. Vicente e pedi minha demissão, ele alegou que como eu já trabalhava há 8 anos no mesmo setor precisaria de pelo menos um mês  para colocar um substituto e eu passar o serviço. Bem os meses foram passando e não colocaram nenhum funcionário e eu estava com medo de perder o emprego na empresa nova, sempre que eu falava com o Sr. Vicente, esse me dizia:
Pra que sair daqui, nós gostamos muito de você, tenha paciência que vamos acertar o seu salário.
Mesmo assim eu não queria mais ficar lá, e continuava trabalhando meio expediente na firma nova.
Sempre que cobrava a minha demissão ao Sr. Vicente, ele dizia, esta bem já que você quer sair, espere até sexta feira que eu resolvo isso, quando chegava na sexta feira ele me dizia vamos resolver na segunda feira e isso não acontecia dia nenhum.
Já estávamos em agosto de 1977, quando o Diretor da empresa que eu trabalho até hoje, me chamou e me deu um intimato: Vamos lhe dar uma semana para resolver se você vai ficar ou não, não podemos mais esperar, temos lançamento de novos empreendimentos no próximo ano e precisamos de uma pessoa que trabalhe o expediente normal, ou você decide agora ou daqui a uma semana não precisa mais vir.
Bem era uma sexta feira, assim que chequei ao Sindicato eram 13:00 horas, o Sr. Vicente ainda não havia chegado, telefonei para o escritório dele e fiquei sabendo que ele estaria no sindicado só após a 15;00 horas.
No auditório do Sindicato, tinham duas entradas, uma era pela minha sala e a outra era pelo corredor que dava para uma copa. Já passava das 17:00 horas, quando falei com Ruth, uma funcionária da tesouraria, se o Sr. Vicente não resolver a minha demissão hoje, eu não volto mais aqui a partir de segunda feira, me informaram que ele estaria aqui às 15:00 horas e já passam das 17:00 horas, foi então que a Ruth me disse: O Sr. Vicente esta ai há muito tempo, ele entrou pela copa, está no gabinete.
Eu imediatamente entrei no gabinete, que estavam presentes o Sr. Vicente, Nanci, Waldomiro e o João, sentados ao redor da mesa de reunião. Foi nesse exato momento em que eu tive uma visão:
O Gabinete se transformou em um lugar muito sujo com chão batido e paredes que pareciam ser de barro, tinha  uma mesa tosca rodeada de cadeiras, em cima da mesa estavam vários copos de barro,  moringas e garrafas o cheiro era horrível, o Sr. Vicente e todos os outros estavam visivelmente bêbados  eu estava em pé em frente à mesa com uma roupa muito suja e sandálias de couro, nas mãos estava segurando uma moringa e na outra um pano muito sujo. 
Curiosamente o assunto era também de saída desse lugar: O Sr. Vicente me dizia, você não vai sair daqui vou lhe colocar para trabalhar lá em cima nos quartos, e apontava para uma escada que havia nos fundos desse salão, eu chorava muito e dizia eu não quero eu vou embora custe o que custar. Nesse momento a cena foi se desfazendo  eu comecei  a chorar e me lembro que disse a Nanci, tenho a certeza que isso já aconteceu comigo antes. O Sr, Vicente ainda disse é porque você na realidade não quer sair seu lugar é aqui., 
Bem finalmente em outubro eu consegui sair do Sindicato e assinar contrato com a empresa que estou trabalhando até hoje.
Passaram-se os anos e eu não me lembrava mais desse episódio, até que um dia no ano de 1988, estava atendendo a um cliente precisamente fazendo uma escritura, quando acabamos ele me pediu para usar o telefone. Assim que desligou ele me disse: Você se importa se eu fizer hora aqui, o meu filho virá me buscar as 12:30 horas nos vamos a feira da providência e ainda são 11:00 horas, ai fora esta muito quente. Eu disse para a ele, claro fique a vontade, o Sr quer ler o jornal? –  Começamos a falar sobre a  feira da providencia, ele me informou que ele e o filho  iriam trabalhar em uma das barracas da feira, eu lhe perguntei qual era o produto que eles iram vender, ele me disse que seria quadros e objetos de arte. Bem começamos a falar sobre quadros e esculturas, eu sou apaixonada por tudo que se trata de arte e história, o passeio que mais gosta de fazer é visitar museus. Em um determinado momento eu disse para ele.
Eu acho que em alguma vida anterior fui alguém ligada em arte, gostaria muito de saber pintar, fazer esculturas  ter um teatro e dirigir peças em que contasse histórias reais da época do império, eu sinto que isso é uma busca, quem sabe de vidas passadas.
Quando acabei de falar isso o cliente me olhou dentro dos meus olhos, pegou a minha mão e disse:
Porque você não procura saber, pode ser que seja uma busca mesmo.
Eu: Como poderia saber disso:
Ele: Fazendo regressão, embora uma das suas encarnações ainda esta muito visível. Continuando segurando a minha mão e olhando nos meus olhos ele me disse:
Em uma das suas últimas encarnação, você era uma moça extremamente pobre mais muito bonita, não sei explicar mas não tinha família e por não ter aonde morar você foi ser faxineira de uma hospedaria de beira de estrada que recebia todo o tipo de gente, era um lugar muito sujo e mal freqüentado, lá queriam que você se prostituísse, foi um grande sofrimento mas você conseguiu sair.
A medida que ele ia falando, fui vendo novamente a mesma cena que eu havia tido no dia em que fui pedir demissão do meu antigo emprego, não sei como explicar mas veio à minha mente muitas e muitas coisas, sofrimento, humilhação e muita solidão, naquele momento não tive coragem de falar com o meu cliente,  eu confesso que fiquei alguns dias sem entender o que estava realmente acontecendo.   
Tempos depois tomei coragem e entrei em contato com esse cliente e relatei o fato, ele não se surpreendeu, disse que isso para ele era um fato comum.
Bem eu disse a ele que tinha a impressão que estava revivendo os mesmos problemas dessa minha vida anterior e gostaria de saber como é que isso acabaria.
Bem ele me disse que não era adivinho, mas que um dia talvez fizesse um estudo mais aprofundado sobre a minha vida passada. Só que nunca mais eu tive notícias dessa pessoa. 
Hoje passados alguns anos e morando sozinha,  estou tendo o mesmo sentimento que tive no momento em que ele foi relatando a minha vida, consegui um trabalho que me proporcionou ajudar a minha mãe e um pouco os meus irmãos, já comprei  um apartamento modesto mas confortável, já estou aposentada e continuo trabalhando. A vida não me permitiu ter filhos, pois cuidando de minha mãe e ajudando aos meus irmãos nunca poderia ter filhos. Hoje não me sinto nada feliz, sofro de solidão e não tenho nenhum objetivo de vida, a única coisa que ainda me mantém é o compromisso que tenho com a minha mãe.
Eu tenho a impressão de que o meu cliente não quis falar mais sobre a minha história, porque já sabia que não seria uma vida de grandes momentos e emoções, minha vida é muito vazia não sei se valeu a pena trabalhar  e me resguardar tanto.

Sétima Experiência
Essa experiência e um tanto quando hilária, certa noite ao sair do trabalho, estava eu passando na porta de uma pizzaria que existia na Rua Sete de Setembro, quando vi um rapaz na porta quase que no mesmo instante nos aproximamos e nos falamos, oi como vai a quanto tempo não nos vimos, ele me perguntou aonde você anda , nesse momento eu e ele percebemos que nunca tínhamos nos visto, mas tínhamos a certeza que nos conhecíamos de algum lugar, nos apresentamos ele se chama Jurandir, depois de várias indagações de ambos, concluímos que nunca nem sequer moramos no mesmo bairro, uma vez que ele estava chegando de Porto Alegre e nunca tinha estado no Rio de Janeiro e eu nunca estive em Porto Alegre.
Uma coisa é certa nos dois já nos conhecíamos de algum lugar, com certeza no passado. 

Oitava Experiência
Era sexta feira dia 13 de setembro de 2002, estava eu no escritório de venda de imóveis, ao qual eu presto serviços nas horas vagas. Bem por volta das 11 horas,  fiquei profundamente triste e comecei a chorar compulsivamente sem ter qualquer motivo, a minha colega de trabalho perguntou-me várias vezes o porque dessa tristeza, não consegui explicar, quanto mais ela me perguntava mais eu chorava. Por volta das 13:00 horas, essa mesma colega me disse (eu estou indo pra casa almoçar, é melhor você ir embora, hoje  não esta bem), ela me deixou em casa.
Chequei em casa e assisti televisão, mas não estava me sentido bem, continuava com a mesma tristeza, então peguei o meu livro de orações, ao qual eu invoco o Frei Setúbal e passei a lhe fazer perguntas, de repente o livro começo a tremer era como se alguém estivesse puxando o livro para baixo, tentei segurar o livro com mais força e mesmo assim não conseguia segurá-lo, a pressão foi tão forte que o livro escapou das minhas mãos e começou a rodar em cima da cama sozinho, sem nenhuma explicação, era aproximadamente 14;30 horas.
Confesso que fiquei apavorada e até cheguei a telefonar para uma amiga, que também ficou com medo, mediante esse fato eu resolvi sair e ir visitar uma amiga que mora em Copacabana e acabei dormindo na casa dela. No sábado e no domingo eu também trabalhei e só estava chegando em casa à noite.
Na segunda feira após chegar no trabalho, eu recebi a notícia que minha melhor amiga Denise, sofreu um acidente de carro na sexta feira dia 13 e faleceu na hora.
Essa minha amiga estava indo para uma fazenda, ela saíra de casa exatamente as 11:00 horas, hora em que me abateu a tristeza profunda que falei no início e o acidente ocorreu exatamente as 14;00 horas, horário em que o livro de oração começou a tremer.
Será que o relato acima, têm algo a ver com o  acidente: - será que a minha amiga quis me avisar ou foi o Frei Setúbal que estava querendo me avisar?  fica ai a pergunta
Nota:-  Essa minha amiga que faleceu e mesma que falo em minha terceira experiência.
Os fenômenos ainda acontecem, sendo que de uma outra forma, eu hoje não tenho mais medo, mas preciso entender para poder ajudar esse espírito ou outra coisa qualquer. Pelo acima exposto, é que venho, pedir, se possível, ajuda de  alguém que possa me orientar e fazer-me entender. Ficaria eternamente grata. Não tenho a menor intenção de participar ou trabalhar em centro, só gostaria de saber porque esses fatos aconteceram comigo.

AS CRIATURAS NA NEBLINA





Essa foi uma história que aconteceu comigo próximo ao ano 2000, e eu nunca vou esquecer.

O relato é um tanto longo, mas vale a pena lê-lo por inteiro.
Tudo aconteceu em uma viagem de duas semanas que eu fiz com a minha família.
Era inverno e nós tínhamos ido para uma casa que é dos meus avós, no interior de são Paulo.
Fomos eu, um primo, meus pais, um tio e uma tia.
Não era uma casa muito grande, mas o terreno era enorme.
Era uma casa embrenhada no meio do mato, só que lá não tinha nada para fazer.
A cidade ficava longe e não tinha nenhuma casa vizinha.
A única coisa que tinha era um riacho que dava para nadar (se você não ligasse para a água que estava gelada) e nem televisão tinha.

A nossa maior diversão era uma bola de futebol.
Eu e o meu primo estávamos com a mente bem ociosa, e o tempo que a gente não tava jogando bola estávamos conversando besteira, e não demorou muito para as histórias de fantasma aparecerem.
Nós ficamos um tempão vendo quem ficava mais assustado.
De noite a gente pegava pesado nas histórias, mas depois de dois dias já não conseguíamos nos assustar mais.
Na metade da viajem os adultos já estavam de saco cheio de ficar lá parados o tempo todo também e resolveram sair para a cidade.
Eu e o meu primo não estávamos com saco pra fazer turismo, então ficamos na casa mesmo.

Como éramos dois moleques de 16 e 17 anos, eles não viram problema nenhum em nos deixar sozinhos.
Quando anoiteceu eles saíram e nós ficamos lá jogando baralho.
O tempo foi passando e a temperatura abaixando e uma neblina forte baixou na região.
Mas a neblina estava tão forte que não dava pra ver nada que estivesse a vinte metros da casa.
Eu fiz um comentário meio besta sobre a neblina do tipo: "É, é numa neblina dessa que o capeta aparece".
Pronto, o meu primo esqueceu do baralho foi pra janela e começou a me encher o saco:

- Eu duvido você ir lá fora!

- Ah cara, não enche, eu não vou sair nesse frio!.


E a conversa foi mais ou menos essa pela próxima meia hora, ele me enchendo o saco para sair e eu com nem um pouco de vontade de sair lá fora. Até que ele falou:

- Cara, eu acho que vi algo lá fora!.

Como isso era a coisa que ele mais falava desde que a gente começou a falar sobre fantasma, eu nem liguei, mas ele insistiu.

- Cara, é sério, eu vi alguma coisa lá fora!

- Meu, não enche, você ta falando isso faz quatro dias direto, porquê acha que eu vou acreditar agora?.

E ai eu olhei pra cara dele, e ele estava com uma expressão meio confusa. Eu falei:

- Que foi que você tá com essa cara de bunda?

- Eu to falando sério cara, eu vi alguma coisa lá fora!


Aí eu comecei a ficar com aquela sensação de que a coisa era mais séria do que parecia.
A minha primeira reação foi sair correndo pela casa e trancar as portas e janelas.
Quando eu tranquei a porta da cozinha ele berrou da sala falando que tinha visto de novo.
Eu sai correndo e fui pra janela ver se via algo também.
Meu primo já estava meio assustado e tava explicando que tinha visto já alguma coisa lá fora quatro vezes e tava apontando onde tinha visto.
Só que não dava pra ver quase nada por causa da neblina, e a única luz que tinha lá fora, a da varanda, estava queimada.
A gente ficou olhando pelas janelas da casa por mais uns dez minutos sem ver mais nada.
De repente ele me solta um berro e eu saio correndo pra ver o que era, e encontro ele apontando desesperado lá pra fora.

- Ali! Ali! Eu to vendo agora! Olha lá!

Eu olho o que ele estava apontando e o que tem lá? EXATAMENTE! A BOLA!

- Ô sua besta, aquilo é a bola!

- Eu sei que é a bola, mas ela não tava lá! Ela rolou pra lá da neblina!


Ai eu comecei a pensar o que podia ser, e eu vi que a gente precisava se acalmar e pensar racionalmente um pouco. Eu falei pra ele:

- Olha, provavelmente deve ser algum bicho, cachorro, gato, porco do mato. Deve ser algum bicho que está brincando com a bola.

Ele parou pensou um pouco e eu não sei se ele acreditou ou se ele quis acreditar.

- É mesmo, deve ser algum bicho, né?

No que nós dois aceitamos isso a gente se acalmou um pouco e começamos a tirar sarro um do outro.

- É o demônio que ta lá fora, ele vai te pegar!

- É o saci pererê que vai te puxar o pé hoje a noite!


E com isso a gente se acalmou bastante. Foi quando a eu lembrei da bola.

- Acho melhor a gente pegar a bola, se for algum cachorro provavelmente vai sumir com ela e acabou uma das únicas coisas que a gente tem pra fazer aqui.

Ele olhou pra mim com um sorriso que ia de orelha até orelha:

- Então vai lá pegar!

Eu olhei pra ele, olhei pra bola, olhei pra ele de novo, olhei a bola sozinha lá fora, olhei pela janela não vi nada.

- Eu vou, você que é um bunda fica ai choramingando na janela.

Eu abri a porta e sai. Fui andando até a bola olhando pros lados na maior atenção.
Só sentia aquele frio na espinha. Eu cheguei na bola, peguei ela e quando ia virar pra voltar eu ouvi uma espécie de chiado.
Quando eu olhei na direção do barulho vi uma coisa que parecia estar abaixada em quatro patas.
Eu pensei "gato filho da p... Vai assustar a tua avó".
Quando eu ia virar pra ir embora, aquilo levantou e ficou em pé nas duas "patas" de trás, olhou pra mim se curvou um pouco como se fosse pular em cima de mim e soltou um gemido meio estranho.
Eu taquei a bola com tudo naquilo e sai correndo o mais rápido que eu pude para a casa.
No que eu estava na metade do caminho eu comecei a ouvir aquilo correndo atrás de mim, e parecia que tinha mais dois vindo pelo lado. Eu entrei correndo na casa sem olhar pra trás e bati a porta com tudo.
De repente eu ouço três batidas na porta, como se alguma coisa tivesse batido nela.
Eu tranquei a porta e fui pro outro canto da sala. Eu olhei pro meu primo e falei:

- O que foi que bateu na porta? O que foi que bateu na porta?


- Sei lá cara, você se jogou pra dentro eu olhei pra você, não vi o que foi que bateu na porta. O que aconteceu?


Ele olhou pela janela e deu um berro e pulou pra longe da janela.
No que ele fez isso a gente correu pro quarto, trancou a porta e ficou longe da janela (que já estava fechada). Ele virou pra mim e falou:

- O que era aquilo?

Eu olhei pra cara dele e não conseguia falar.
No resto da noite a gente ficou quieto. Ele não falou mais nada, e nem eu.
Quando os adultos chegaram a gente já estava dormindo.
No dia seguinte a gente não falou nada pra eles.
Quando eu saí eu vi a bola murcha do outro lado da casa.
Quando eu peguei ela, tava toda rasgada e tava fedendo muito.
Tava com cheiro de carniça. Eu mostrei a bola pro meu primo.
Ele perguntou o que tinha acontecido comigo lá fora na noite anterior e eu falei.
Então eu perguntei o que ele viu na janela depois que eu entrei.

Ele falou que lá fora tava meio escuro e não tinha dado pra ver nada direito, mas ele falou que viu duas coisas na frente da porta e uma já virando a esquina da casa indo pra lateral.
Das que tinham ficado na porta uma tava tentando empurrar a porta e a outra olhou pra ele e mostrou os dentes.
Eram todos tortos, pareciam que estavam podres, e aquela coisa parecia um homem pequeno, mas com uma cabeça meio desproporcional ao corpo, um pouco maior, e era meio marrom.
Depois que ele viu o bicho ele berrou e pulou pra longe da janela.
Nós não falamos pra ninguém o que tinha acontecido, porque ninguém ia acreditar mesmo.

A bola eu joguei no meio do mato depois, nunca mais vi ela.
O resto da viagem a gente não desgrudou dos nossos pais e sempre que começava a ficar escuro a gente entrava.
Depois que fomos embora a gente nunca mais quis voltar pra lá.
Nas outras noites a gente não viu nada lá fora. Não sei o que era aquilo, mas será que eles aparecem só com a neblina?


ANJO


Eu não consegui estar lá, mas a minha mãe e alguns outros membros da família estavam. Isso aconteceu a um tempo atrás.

O meu avô tinha sido internado no hospital. Ele estava com sérios problemas respiratórios e no coração. Desde que eu me lembro, ele sempre foi uma pessoa um pouco enferma. Ele estava sempre cansado e nunca conseguia ficar muito tempo fora de casa.

Ele já estava no hospital a algum tempo, e estava tão ruim que os médicos deixaram na mão da minha avó a decisão de tirar o suporte de vida dele. Depois que todos tinham se despedido dele, os médicos desligaram os aparelhos.

Enquanto todos estavam sentado lá uma enfermeira entrou e falou com a minha avó e a minha mãe e com os outros. Então ela pediu que a minha família desse as mãos e rezassem. Ela fez uma oração. Quando ela acabou, foi até a minha avó olhou ela nos olhos e falou "vai ficar tudo bem, não se preocupe" deu um terço para ela e saiu do quarto.

No dia seguinte a minha mãe estava dormindo no sofá do lado do meu avô. Ele se sentou na cama e falou para a minha mãe que queria os óculos e o chapéu dele. Ele nunca tirava o chapéu, só para dormir. Então ele sorriu para a minha mãe. Então a minha mãe acordou a minha avó que estava dormindo na outra cama do quarto para ver ele. No final daquele dia ele já estava andando pelo quarto e comendo sozinho. Uma vez a minha avó teve que dar uma bronca nele por ter dado um beliscão no traseiro dela na frente da minha mãe e dos meus tios. Alguns dias depois um médico veio e falou que em uma semana no máximo o meu avô poderia voltar para casa. A minha mãe foi agradecer a enfermeira que tinha rezado com eles. Ninguém sabia que enfermeira tinha cuidado daquela parte do hospital naquele dia. Quando ela falou o nome da enfermeira e descreveu ela, falaram que não tinha nenhuma enfermeira com aquele nome ou descrição.

Depois que o meu avô teve alta ele começou a construir para a minha avó a casa dos sonhos dela, ele até vez algumas viagens para ver a minha mãe, um viagem de 10 horas. Até hoje a minha família é grata aquele anjo que, acreditamos, salvou a vida do meu avô.

ALGO NA FLORESTA


Essa história não é minha e nem de fantasma, mas me pareceu bastante estranha a ponto de eu mandar para vocês.

Um dia um amigo meu resolveu ir caçar numa floresta aqui perto da cidade (interior de Minas). Ele pegou uma rifle bem grandinho que ele tinha, entrou na caminhonete dele e foi até a entrada de uma floresta. Chegando lá ele saiu do carro e se enfiou no meio da floresta. Andou por um bom tempo procurando algo bom pra caça.

Depois de um bom tempo andando ele achou um barracão numa clareira pequena. Ele achou bem estranho aquele barracão lá no meio do nada, a horas de caminhada da estrada mais próxima. Ele chegou mais perto para dar uma olhada. O barracão parecia ter só um cômodo. Tinha uma porta na frente e uma janela e cada lado. As janelas estavam pintadas de preto e não dava para ver nada através delas. Ele não achou uma boa idéia ficar ali perto daquele barracão meio assustador e se virou para ir embora. Assim que ele entrou na mata de novo, ele começou a ouvir barulho de algum bicho pisando nas folhas do chão e quebrando gravetos atrás dele. Ele apressou o passo, mas não conseguiu se mover muito rápido no meio do mato.

Quando o barulho estava bem perto dele, ele olhou para trás e ele viu algo que ele imaginava que nunca ia ver nas florestas de Minas Gerais, duas panteras negras! Ele ficou aterrorizado, não tinha idéia do que aquelas panteras estavam fazendo ali na frente dele! Uma delas abaixou como se estivesse pronta para dar o bote, encarando ele com aqueles olhos amarelos com as garras pra fora. Ele achou que ia morrer ali mesmo devorado pelas panteras. Então ele notou que elas não estavam sozinhas, do meio do mato saíram duas pessoas (pelo menos era isso que pareciam) com robes pretos que cobriam o corpo todo e capuzes que cobriam os rostos. Ele viu que uma das figuras estendeu a mão (era uma mão branca, muito branca e magra com os nós dos dedos grossos e unhas compridas amareladas) para as panteras e elas simplesmente sentaram. Com um simples gesto! Ele olhou em volta e viu que começaram a sair mais figuras do meio do mato e viu que estava cercado. Devia ter umas oito ou nove, que ele podia ver! Ele empunhou o rifle, como dedo no gatilho e tava pronto pra disparar, mas aquelas "pessoas" estavam paradas no lugar sem falar nada e sem se mover, assim como as duas panteras negras. Ele começou a andar devagar para trás, pra longe das panteras. Viu um lugar onde as pessoas de robe preto estavam mais afastadas e passou pelo buraco na roda. Depois que ele viu que tinha saído do círculo ele saiu correndo pela floresta pelo caminho que ele tinha vindo.

Até hoje ele diz que tem certeza que aquelas coisas estranhas só não atacaram ele por causa do rifle. Ele nunca mais entrou naquela floresta para caçar, e sempre que alguém fala algo de ir para lá ele conta a história sobre aquelas "pessoas" de preto e os bichinhos de estimação delas que não deveriam existir por lá.

ALGUMA COISA LÁ EM CIMA


Eu moro em um prédio perto de uma faculdade de São Paulo. É um prédio pequeno de dois andares com vários apartamentos pequenos de um dormitório cada em cada andar, incluindo o térreo, que o dono aluga exclusivamente para estudantes, de São Paulo e do interior. Todos do prédio se conhecem e são bem amigos. Esse prédio não tem elevador, já que só tem dois andares. Na verdade existe um terceiro andar, mas só tem uma sala enorme que é usada como depósito.

E é nesse depósito que se encontra o fantasma do prédio. Se bem que fantasma não estaria muito certo, está mais para demônio. O prédio tem várias regras, mas a que se da mais ênfase é "NÃO ENTRAR NO DEPÓSITO DO TERCEIRO ANDAR, NEM SE QUER ABRIR A PORTA" Ninguém sobe lá em cima.

Aparentemente essa entidade, fantasma ou demônio (o que você preferir) deu uma dor de cabeça boa por muito tempo, até que alguém conseguiu "trancar" ele lá em cima no terceiro andar. Parece que foi um residente que ficou aqui por um tempo, e dizem que depois que ele "trancou" o demônio lá em cima ele falou que ia embora e que não voltava para o prédio. Ele cortou completamente o contato com os amigos que ele tinha feito aqui e hoje em dia ninguém sabe onde ele está.

O zelador raramente entra lá dentro do depósito, só quando ele realmente precisa ir lá. E quando ele vai, ele não demora mais do que alguns minutos. Ele entra correndo e sai voando de lá de dentro.

Como nesse prédio é todo mundo estudante eu sempre pensei que era mais uma história só para assustar os mais novos ou para assustar o pessoal que chega do interior (o que é bem comum aqui), até o dia que eu estava estudando com um cara que mora no segundo andar. O quarto dele fica bem em baixo de onde está o depósito. Nós estávamos lá quietos, estudando, quando eu comecei a ouvir barulhos no andar de cima. Eu olhei para ele e falei "eu achei que o Silva (o zelador) tinha viajado essa semana" ele olhou para a minha cara e falou "o Silva viajou" ai eu falei "e quem está no lugar dele?" "ninguém, não tem ninguém cobrindo ele" ai eu parei, pensei um pouco e arrisquei "e quem está lá em cima no depósito?" O meu amigo parou de ler o livro, olhou para a minha cara e falou "Não é quem, é o que." Eu falei para ele poder esquecer aquele papo de demônio no depósito que comigo não colava, ele perguntou quem podia ser, se só o Silva tinha a chave de lá e ele estava viajando. Ele falou que se eu estivesse pensando que era rato ou gato que era para prestar atenção no som. Era o som de algum a coisa grande andando, e de vez em quando arrastava alguma outra coisa. O que era realmente verdade. O que fazia aquele som não era nenhum rato ou qualquer outro animal. Ele falou que já tinha reclamado com o Silva do barulho, que as vezes acordava ele no meio da noite, mas o Silva falou que não podia fazer nada. O meu amigo pediu para o SIlva levar ele até lá em cima, para ele mesmo ver o que era. Ele encheu tanto o Silva que ele acabou levando o meu amigo. Quando o Silva abriu a porta, o depósito estava completamente gelado. Dava para ver a respiração saindo da boca, e era verão! O meu amigo perguntou se tinha algum ar condicionado ligado lá dentro e o silva falou que não, e que quando tava frio assim era bom não deixar a porta aberta. Quando o Silva estava fechando a porta, o meu amigo conseguiu dar uma última olhada lá dentro, e ele jura que viu uma sombra escura lá no fundo, indo na direção da porta. O Silva trancou a porta e foi embora enquanto ele ficou mais um tempinho lá para ver se ouvia algo. Quando ele estava virando para ir embora, ele viu a maçaneta da porta girar bem devagar, como se tivesse alguém testando para ver se a porta estava destrancada. Depois que ele viu isso ele saiu correndo e nunca mais voltou lá para cima.

Eu já perguntei para o Silva, e ele não gosta de falar sobre o que tem lá dentro. É muito difícil conseguir fazer ele falar alguma coisa sobre o assunto. A única coisa que ele repete sem parar é "não é para ninguém ir mexer lá em cima."

Eu tenho mais algumas histórias sobre esse "demônio", mas eu só vou contar mais uma agora. É sobre uma garota, que morava aqui antes de "trancarem" o coisa ruim lá em cima. Parece que ela morava no apartamento que ficava bem de frente para a escada que sobe para o terceiro andar. Numa noite de sábado, quando quase todos do prédio tinha saído para se divertir, só ela e mais alguns poucos ficaram lá. Ela estava no computador fazendo um trabalho quando ela ouviu passos pelo corredor. Nada de anormal, ela não era a única que tinha ficado no prédio. Mas então bateram na porta de um dos apartamentos vazios. Ninguém atendeu. Bateram na porta de outro. Também não tinha ninguém. Foram batendo de porta em porta (ela era a única pessoa do segundo andar que tinha ficado). A essa altura ela já estava meio assustada achando que podia ser ladrão. Então bateram na porta do lado do apartamento dela. Ela ficou olhando para a porta, esperando baterem na porta dela, mas ao invés de baterem, ela viu a maçaneta girando. Ela estava com o coração na boca, e então bateram na porta. Mas não foi como a batida dos outros. Nos outros apartamento parecia só que tinham batido com os nós dos dedos, na porta dela parecia que estavam dando chutes com uma fúria incrível. A porta tremeu completamente. Ela correu para a cozinha. Da cozinha ela podia ver a porta da frente. A luz lá fora estava acesa e ela podia ver a sombra dos pés de alguém pelo vão que tinha embaixo da porta. Um tempo passou e quem quer que fosse ainda estava lá. Ela resolveu olhar pelo olho mágico quem era, na esperança que fosse alguma brincadeira idiota de alguém do prédio. Quando ela olhou, ela viu uma sombra escura e disforme na frente da porta dela, que tinha dois olhos vermelhos. Quando ela começou a olhar, a sombra estava longe da porta, quase na escada. Então ela começou a se aproximar, como que se soubesse que a garota estava lá na porta olhando ela. A garota soltou um grito que chamou a atenção do prédio inteiro. O pessoal que tinha ficado aqui saiu correndo para ver o que era, e encontraram a porta aberta, com a garota desmaiada no chão, com duas marcas roxas nos pulsos dela, como se alguém tivesse agarrado ela com muita força. Ela falou que só lembra de ter visto a sombra se aproximar da porta e de gritar. Depois disso ela só lembra de estar todo mundo do lado dela no apartamento. Sem falar que ela estava com a porta trancada e com a correntinha, e não tinha sinal nenhum de entrada forçada. No dia seguinte ela foi para a casa de uma prima dela que mora aqui em São Paulo e só voltou para cá para pegar as coisas dela.

Depois disso que o tal cara "trancou" de algum jeito o demônio no depósito. Eu nunca cheguei a ver nada, a não ser uma vez que eu dei uma de curioso e subi para o terceiro andar para ver se via alguma coisa. Quando eu encostei na porta ela estava completamente gelada, como se fosse a porta de um freezer industrial. Eu sai correndo de lá na hora.

E é isso. Essa é a minha história. Mesmo não tendo visto o fantasma, demônio ou entidade (de novo, o que você preferir) eu já tive provas o suficiente de que realmente tem alguma coisa naquele depósito. Eu não sei o que, mas tem alguma coisa lá em cima.

P.S. Eu não informei qual faculdade e qual prédio por questão de privacidade. Obrigado pela compreensão.

ALGUMA COISA NA MINHA CASA


Eu tinha acabado de sair da casa dos meus pais. Era um grande momento da minha vida. Tinha achado uma casa decente, numa vizinhança calma com uma excelente localização. A casa podia não ser muito grande, nem muito nova, mas agora era o meu lar, o meu refúgio na vida urbana.

No começo não aconteceu nada, me mudei numa boa, arrumei as minhas coisas na casa, ajeitei tudo do jeito que eu gostava, sem ter ninguém para reclamar de alguma coisa fora do lugar ou que isso era para ficar ali e aquilo aqui.

Eu recebi a minha família, mostrei a casa, fiz uma festa com os meus amigos, só para ter aquela sensação de "a casa é minha, eu faço o que eu quiser". Tudo estava do jeito que eu imaginei como ia ser. Um paraíso!

Até que depois de um mês lá dentro as coisas estranhas começaram a acontecer. Pelo menos eu acho que foi depois de um mês, porque pensando agora como no começo a casa estava um pouco bagunçada com algumas coisas para arrumar é capaz de eu não ter notado nada antes, mas foi depois de um mês que eu comecei a notar.

Como sempre tudo começou com pequenos objetos sumindo e reaparecendo em lugares que não tinham nada a ver com eles. Por exemplo, uma vez eu estava para sair e não conseguia achar a chave do carro. Revirei tudo que era bolso de calça, casaco, gaveta, nada. Finalmente eu desisti e peguei um táxi, pois já estava atrasado. Quando voltei pra casa entrei no banheiro para dar uma aliviada e encontrei a chave no chuveiro. Outra vez não estava achando o controle remoto da TV, quando fui usar o banheiro, vi o controle dentro da privada. A maioria das vezes que as coisas sumiam, reapareciam no banheiro. Mas também já apareceram no forno de micro ondas, geladeira, congelador. Uma vez eu achei a minha carteira entuxada dentro do videocassete.

Mas como eu nunca acreditei em fantasma, e de acordo com algumas histórias dos meus pais e dos meus irmãos de quando eu era pequeno, eu achava que era sonâmbulo. Eu realmente pensava que era eu que acordava no meio da noite e mudava as coisas de lugar. Então nunca fiquei assustado quando abria a geladeira para pegar coisa pro café da manhã e achava o meu tênis lá dentro. E também não era algo tão freqüente assim para me aborrecer.

Então a vida foi indo assim por mais uns três meses. Eu estava adorando viver sozinho e sempre tinha uma história engraçada para contar para os amigos e as amigas sobre o que tinha aparecido aonde.

Mas a situação começou a piorar no meu quinto e último mês lá. Uma noite eu estava vendo um filme na TV, e como de costume quando eu estou vendo filme, as luzes estavam todas apagadas. A TV fica do lado do corredor, de um jeito que é só você desviar o olhar um pouco que você pode ver o corredor todo até a porta do quarto, e se a porta estiver aberta, dá pra ver lá dentro numa boa. Então, eu estava lá vendo TV, e tive a impressão de ter visto algum movimento dentro do meu quarto. Eu desviei o olhar para ver lá dentro, mas como estava tudo escuro e eu estava olhando contra a luminosidade da TV foi difícil de conseguir enxergar algo lá para dentro, mas pelo pouco que eu pude ver, não tinha nada de anormal lá dentro. E foi quando eu ia voltar a olhar para a TV que eu vi um vulto saindo do meu quarto e entrando no banheiro (que fica do lado do quarto). A minha primeira reação foi dar um pulo até o interruptor e acender a luz. Eu peguei uma cadeira da sala e comecei a gritar "Quem ta ai? Quem ta ai?", só que ninguém respondeu. Eu não sabia se chamava policia, se me escondia ou se ia lá ver se tinha alguém, pois o que eu realmente estava pensando é que um ladrão tinha entrado na minha casa. Eu resolvi ir andando aos poucos até o banheiro e quando cheguei lá aporta estava aberta e deu claramente para ver que não tinha ninguém lá dentro. Aí eu fiquei totalmente confuso. Eu podia jurar que eu tinha visto alguém entrar lá dentro, mas não tinha ninguém lá e a janela do banheiro é daquelas janelas basculantes, então seria impossível que alguém tivesse saído por ali. Eu coloquei a cadeira no chão e fui para o meu quarto. Acendi a luz e a janela estava fechada. Nenhum traço de que alguém tivesse passado por ali. Eu revirei a casa toda e o quintal também e não achei ninguém.

Essa foi a primeira vez que eu vi esse vulto pela minha casa. Um dia eu estava chegando em casa de uma noitada com uma amiga para ficarmos mais "a vontade", e quando nós estávamos indo para a porta da frente ela perguntou se tinha alguém morando comigo. Eu falei que não e ela falou que achou que tinha visto alguém olhando a gente pela janela. Eu achei que ela estava brincando ou que era algum truque para se livrar de mim e voltar para a casa dela, mas ela jurou que tinha visto alguém. Eu falei que ia entrar para ver e quando eu abri a porta de casa, a sala estava um gelo, estava muito fria, e nem era inverno. Eu revirei a casa toda e não achei ninguém. No dia seguinte quando ela foi embora ela falou que a minha casa era meio estranha e não quis voltar mais lá. Depois disso sempre que a gente queria ficar junto ela pedia pra gente ir para a casa dela. Ela nunca mais quis voltar pra lá, não sei o que foi que aconteceu com ela. Sempre que eu pergunto ela só fala que a casa era meio estranha e não se sentia a vontade lá.

Eu vi esse vulto pela casa pelas próximas duas semanas, até que aconteceu algo que me fez sair de lá de uma vez por todas. Uma noite eu tinha chegado em casa do trabalho, estava cansado e fui direto para a cama. Devia ser umas 11:00pm. Eu cheguei com o carro na garagem, desliguei o carro, coloquei a chave no bolso do casaco, entrei, tranquei a porta e deixei a chave nela, como eu sempre faço, porque assim eu sei que não vou perder ela. Eu coloquei o casaco com a chave no bolso no sofá, e fui para o meu quarto me deitar. O que foi estranho é que mesmo estando exausto depois de um dia de trabalho eu não conseguia dormir. Eu fiquei revirando na cama por quase duas horas quando finalmente consegui sentir o sono chegando. Eu estava quase dormindo quando eu comecei a ouvir algo. Parecia ser um murmúrio, alguém sussurrando algo. Eu abri o olho e olhei em volta, mas não vi nada. Eu achei que devia ser algum vizinho discutindo, então fechei o olho e voltei a tentar a dormir. Mas o sussurro continuou, baixinho sem dar para entender nada do que falava. Eu não sei o que era aquilo, mas mesmo eu não querendo estava pegando toda a minha atenção naquilo, tentando entender o que significava. Como eu estava quase morto de sono eu tentei deixar aquilo de lado, fechei o olho e fui tentar dormir. Depois de um tempo o sussurro foi abaixando, sumindo ficando cada vez mais longe e inaudível. Mas antes de acabar eu consegui ouvir algo que me fez a espinha gelar. A última coisa que eu ouvi antes do sussurro sumir foi o meu nome. Eu abri o olho como se isso fosse ajudar a ouvir algo melhor, mas continuei deitado na cama. Silêncio absoluto. Nenhum som no quarto, nenhum som vindo da rua, nada. Um silêncio mortal. Ouvir o meu nome sendo sussurrado realmente me deixou assustado. E antes de eu me recuperar do susto eu ouvi um outro barulho, vindo do lado da minha cama. Eu arregalei os olhos, sentei na cama e olhei no escuro para a frente da cômoda de onde o barulho estava vindo, mas eu não consegui ver nada no escuro. O som parecia um borbulho, era grosso, grave, um som que parecia estar vindo de outro mundo. Eu nem tentei acender a luz. Dei um pulo da cama e corri para a sala. Quando eu cheguei lá a sala estava tão fira, mas tão fria, que parecia que ia nevar lá dentro. O barulho que estava vindo do quarto parecia estar se movendo agora, e deu para ouvir um outro barulho, vindo do banheiro, que era como se alguém estivesse andando com a meia ensopada de água. Eu não pensei duas vezes, peguei o casaco que estava no sofá e fui correndo abrir a porta para sair de lá, mas a chave não estava na porta! E ela estava trancada! O desespero foi tão grande que eu não sabia o que fazia. Quando eu ouvi os barulho dos passos ensopados e daquele borbulhar no corredor eu não pensei duas vezes. Eu coloquei as mãos do lado dos olhos para só conseguir ver o que tinha à minha frente, passei correndo pela sala, entrei na cozinha e sai pela porta de trás. O quintal de trás da casa era ligado com o quintal da frente por um corredor lateral, e na ponta dele tinha um portão de madeira. Eu sai correndo e meti o pé no portão. Nem tentei ver se tava trancado ou não, só meti o pé e ele escancarou, arrebentando a tranca dele e a maçaneta. Lá fora, do lado do carro, eu coloquei o casaco e com a mão tremendo fui pegar a chave do carro no bolso. Não estava lá! Procurei no outro bolso e nada. No bolso de dentro nada. Aí eu entrei em pânico total. Eu podia jurar que tinha colocado a chave no casaco. No que eu olhei para a casa pensando o que eu faria, se eu entrava lá para procura a chave, eu ouvi um barulho lá dentro da casa, o barulho do chaveiro sendo chacoalhado. Eu não pensei duas vezes. Saí correndo do jeito que tava, de bermuda, casaco e descalço, mais nada. A minha Sorte foi que eu tinha colocado a minha carteira no casaco, e ela ainda estava lá. Eu consegui pegar um táxi depois de muitas tentativas (é bem difícil pegar um táxi em São Paulo quando você está só de bermuda e um casaco, sem blusa e sem sapato) e fui para a casa dos meus pais.

Quando eu cheguei lá eles ficaram preocupados com o estado em que eu me encontrava. Eu falei mais ou menos o que tinha acontecido e eles queriam chamar a polícia pra ir lá em casa. Com eu já estava pra lá de cansando eu falei que se fosse algum ladrão já teria levado o que queria, e que ir lá agora não ia adiantar nada então eu ia falar com a polícia no dia seguinte. Eu não sei se isso foi o cansaço falando ou se era o medo. Eu passei o resto da noite lá. Nem me importei de ter deixado a casa aberta com portão escancarado e o escambau a quatro, eu só queria dormir um pouco.

No dia seguinte, o meu pai me acordou para nós irmos lá dar uma olhada ver em que estado tinha ficado a casa. Quando nós chegamos eu não vi nada de estranho na casa, a não ser a porta dos fundos que agora estava fechada (mas não trancada). Nós entramos e vimos tudo no lugar, nada fora de onde estava na noite anterior, menos as chaves que não estavam na porta. Eu dei uma olhada pela sala e pela cozinha. No corredor eu parei, não estava nem um pouco a fim de ir em frente, mas meu pai estava logo atrás de mim e me deu um cutucão para eu continuar. Entrei no quarto e nada. A cama estava toda desfeita do jeito que eu a tinha deixado. Quando eu entrei no banheiro eu senti uma sensação de angustia. Quando eu olho pro chão do chuveiro, lá estão as chaves do carro e a da porta da frente. Eu peguei as chaves, tranquei a porta d a cozinha, abri a porta da frente e falei para o meu pai "Vamos, eu não quero mais ficar nessa casa". Ele achou que realmente tinham sido ladrões em casa e que eles queriam levar o carro, mas quando me viram se assustaram e se esconderam no banheiro e que quando eu sai eles acharam que eu ia chamar a polícia então fugiram. Mas até onde eu sei ladrões de casa não conseguem fazer uma sala ficar gelada e não ficam do teu lado de noite fazendo barulhos que uma pessoa normal não pode fazer. E se realmente fossem ladrões poderiam ter levado alguma coisa, mas a casa estava intacta.

Depois disso nós fomos para casa do meu pai e de lá eu liguei para o dono da casa e falei que não queria mais alugar a casa dele, que estava saindo. No dia seguinte ele foi lá para ver como estava a casa e eu já tinha tirado tudo que era meu. Ele me perguntou o motivo e fez uma cara como se ele já soubesse a resposta. Eu dei uma desculpa esfarrapada qualquer mesmo e eu sei que ele não acreditou, mas eu sei que ele sabia o motivo do porque eu estava saindo da casa e eu sei que ele sabia que eu sabia que ele sabia o motivo de eu estar saindo da casa, mas não menciono nada, ficou subentendido que nenhum dos dois tocaria no assunto. Ele falou que eu não precisava pagar a multa por quebra de contrato (outra coisa que me fez acreditar mais ainda que ele sabia o que se passava naquela casa) mas que eu tinha que pagar o conserto do portão. Eu paguei sem nenhum problema.

Eu morei com os meus pais por um tempo de novo e quando me deu vontade de ter a minha casa de novo eu resolvi que iria dividir algum apartamento com algum amigo meu. Eu seu que eu nunca mais pretendo morar sozinho depois daqueles cinco meses naquela casa.

ALÉM DO TUMULO


O meu pai trabalhava como motorista para uma firma de entregas. Como na época o dinheiro estava curto, as vezes ele trabalhava dois turnos seguidos quando algum outro entregador não podia trabalhar. Muitas vezes ele tinha que ir fazer entregas em outras cidades e acabava passando a noite fora de casa.

Quando ele chegava em outras cidades ele ligava para a minha mãe, deixava o telefone tocar três vezes e desligava, então ligava de novo deixava o telefone tocar duas vezes e desligava de novo. Esse era o jeito dele falar que estava tudo bem, que ele amava ela e que tinha encerrado o dia.

Em abril de 1984, o meu pai teve um ataque cardíaco enquanto dormia e faleceu. De noite, depois do funeral, a minha mãe e a minha avó estavam sentadas na sala, conversando. Eram mais ou menos umas 10:15 da noite quando o telefone tocou. Ele tocou três vezes e parou, depois tocou duas vezes e parou. Um grande sorriso apareceu no rosto da minha mãe. A minha avó perguntou porque ela estava sorrindo. A minha mãe apenas falou sorrindo falando que era o meu pai, ligando para falar que estava tudo bem, que ele amava ela e que tina encerrado o dia.

Eu sei que essa não foi uma história assustadora de fantasma, mas isso ajudou a minha mãe e eu nos momentos mais difíceis da nossa vida. E gostoso pensar que o amor pode durar alem do túmulo.

AGORA EU ACREDITO


Olá! Antes de contar a minha história eu vou falar um pouquinho sobre mim, certo? Ok.

Agora eu tenho 18 anos, mas quando isso aconteceu, eu tinha onze, ou alguma coisa perto disso, talvez mais velha. Mas não importa a idade que eu tinha, eu me lembro como se tivesse acabado de acontecer. Bem, o que eu vou escrever agora, não foi escrito para impressionar ninguém, mas é simplesmente o que REALMENTE aconteceu. Se você acredita ou não, não me importa muito. Mas eu sei que alguns de vocês acreditaram =).

A minha família, minha mãe, meu irmão e minha irmã mais novos e eu, estávamos morando com os meus avós já fazia alguns anos. Nós tínhamos saído da nossa antiga casa por causa de uma terrível infestação de ratos que não importava que tipo de veneno (a minha mãe tentou coisa MUITO forte) você colocava, não adiantava, cada vez tinha mais rato em casa.

A minha mãe, que sempre quis ter uma casa dela para ela decorar e arrumar do jeito que ela quisesse, procurou, procurou e procurou. Ela nunca achou nada que servisse, ou estavam muito caras ou não eram grande o suficiente para todos nós ou estavam caindo aos pedaços. Finalmente ela achou o que queria, uma casa com espaço o suficiente para todos nós e a um preço bem acessível.

Ela pagou a entrada na casa e estava feliz da vida por ter arranjado uma casa própria. A casa estava realmente impecável, mas por algum motivo só nós queríamos ela, ninguém mais mostrou muito interesse.

Depois que todos nos mudamos para lá, sendo as crianças curiosas que nós éramos, nós perguntamos porque estava tão barata. Ela simplesmente respondeu com toda a ingenuidade e honestidade do mundo "Foi barata por que o antigo dono que morava aqui morreu nela."

Nenhum de nós acreditava em fantasmas, e do que ele tinha morrido ninguém sabia. Então parecia apenas que era sorte nossa.

Nós fizemos amizade com as crianças da área, e tivemos muitas aventuras de crianças, geralmente indo aonde não devíamos ir, achando que éramos algum tipo de grande aventureiro. Demorou uns dois ou três anos até que as coisas estranhas começaram a acontecer. Eram coisas pequenas que as vezes até passavam desapercebidas, mas estranhas.

Todos os armários da cozinha abriam sozinho e se fechavam, e faziam isso o tempo inteiro. Não era rápido e violento feito nos filmes de terror, mas faziam isso bem devagar, como se já estivessem velhos demais para ficarem quietos. Então a minha mãe chamou um marceneiro para consertar os armários, mas ele falou que não tinha nada de errado com eles. Então co mo tempo nós simplesmente passamos a ignorar isso e convivíamos com eles fazendo isso numa boa, nunca pensando que poderia ter um fantasma lá fazendo isso.

Então a porta da frente começou a fazer isso. Nós víamos a maçaneta girar e a porta abria. Nós pensamos que a maçaneta podia estar quebrada, e ela não fazia isso quando a porta estava trancada, então acabamos ignorando isso também. Esse fantasma devia estar bem irritado com a nossa ignorância em perceber ele, mas ele continuou tentando.

A porta do quarto do meu irmão mais novo fazia a mesma coisa, e ele tinha uns 6 anos, então isso acabou assustando ele. Ele achou que o bicho papão queria pegar ele. As portas que mais faziam isso era a porta do quarto da minha mãe, a porta do quarto do meu irmão e a porta do banheiro.

Mas apesar de tudo isso nós levávamos uma vida normal, com os nossos armários e as nossas portas que abriam e fechávamos tempo todo. Então coisas mais assustadoras começaram a acontecer. Eu me lembro de estar dormindo no quarto da minha irmã, na cama de baixo do beliche dela, e acordei com a minha mãe gritando. Eu pulei da cama, acordei a minha irmã e então nós duas fomos pegar o meu irmão e falamos para ele vir junto com a gente. Quando nós três chegamos no quarto da minha no quarto dela, o namorado dela, que vira e mexe passava um tempo com a gente, estava parado na porta perguntando para ela o que estava acontecendo. A minha mãe estava sentada na cama, gritando, "TEM UM HOMEM AQUI EM CASA!!! VAI PEGAR ELE MARCOS!!! ELE QUER MATAR OS MEU FILHOS!!!" Então ela ficou quieta e olhou para o pé da cama dela com uma expressão estranha na cara. "Aonde você viu ele?" o Marcos, namorado dela, perguntou "Ele estava no pé da minha cama, e estava tentando falar comigo, mas ai eu comecei a gritar e a jogar coisas nele. Mas...nada acertava ele, e então ele...ele...sumiu!". O Marcos olhou para a cara dela e falou que ela estava ficando louca. Eu falei para ela que ela devia estar tendo um pesadelo, e que não era nada de mais e ela concordou comigo. Mas na verdade, eu acreditei nela, só tinha falado aquilo para acalmar os ânimos. Na manhã seguinte eu perguntei para ela como o homem que ela tinha visto se parecia. Ela não falou, e se recusava a falar sobre o assunto, e eu achei que isso era muito estranho, mas na hora eu nem tinha imaginado que podia ser o antigo dono da casa que ela tinha visto.

Alguns dias depois o telefone tocou e eu atendi, mas ninguém falava do outro lado. A única coisa que eu ouvia era a respiração da pessoa.

"Uhm, alo???" só respiração

"Quem é??? Você quer falar com a minha mãe?" eu perguntei.

A respiração foi ficando mais alta, e quem quer que fosse, desligou. A minha mãe estava no banho e perguntou quem era e u falei o que tinha acontecido. Ela falou para os meus irmão e eu não atendermos o telefone, e perguntou para alguns vizinhos se eles tinham visto alguém seguindo os filhos dela. (a minha mãe é bem paranóica quando se trata da gente.)

O telefone continuou tocando por mais algum tempo e finalmente a minha mãe perdeu o controle, e começou a gritar e a xingar no telefone, ameaçando chamar a polícia.

Dois dias se passaram sem o telefone tocar, mas então alguém bateu na porta de casa. A minha mãe perguntou quem era, mas no teve resposta nenhuma. Então ela abriu a porta. Era um cara com cabelos loiros começando a ficar brancos e olhos azuis, com uma camisa branca e uma calça marrom. "Onde está o João?" ele perguntou enquanto espiava dentro de casa.

"Não mora ninguém aqui com esse nome. Você está na casa errada." A minha mãe ia fechando a porta, mas ele segurou a porta aberta com a mão.

"Essa é a casa certa." ele falou firmemente, mas de um jeito educado. Eu sei disso porque eu estava perto da porta vendo tudo.

"se você não for embora agora eu vou chamar a polícia!" a minha mãe alou. O homem simplesmente empurrou a porta, com firmeza, mas educadamente, até ter espaço para ele colocar a cabeça para dentro de casa, e então ele começou a gritar "João? Cadê você? João? Eu sei que você está ai! João?"

A minha mãe ficou furiosa com isso. Ela empurrou ele com tudo, e ele caiu no chão sentado, e então ela bateu a porta com violência e trancou ela.

"João não era o nome do cara que morava aqui antes da gente? Você devia ter falado que ele morreu." eu falei. "É, o nome do homem era João, e eu não sei como esse cara sabia o nome dele...mas eu acho que ele era um ladrão que queria roubar a gente. Mas você não precisa se preocupar com isso." Ela me fez um carinho e continuou lavando a louça. Eu sai de casa pela porta de trás, e devagar eu fui até a porta da cozinha, mas não tinha ninguém lá, nem no chão e nem sinal de que passou alguém por lá.

Eu falei para o meu irmão mais novo e um amigo nosso, e nós três ficamos no balanço dele tentando desvendar esse mistério.

Depois disso as ligações começaram de novo.

Então numa noite aconteceu o que me fez começar a acreditar em fantasmas.

Eu estava dormindo, mas então do nada, eu acordei, e parado no meio do meu quarto, tinha um homem. Ele era alto e estava vestindo um terno, como um advogado. O cabelo dele era completamente preto e era bem curto, e os seus olhos eram Bem azuis. Eu podia ver ele claramente, como se ele estivesse no sol, apesar de já ter passado da meia noite e o meu quarto estar escuro feito uma caverna. Eu ainda não pensava que era um fantasma, o meu primeiro pensamento foi "MEU DEUS, UM LADRÃO!!!" Eu tentei gritar, mas a minha voz não saiu, e tudo o que eu podia fazer era ficar sentada lá olhando ele. Ele sorriu para mim e estendeu a mão direita dele, e falou (a voz dele parecia a de uma pessoal normal) "Não precisa ter medo, eu não vou machucar você."

É meio estranho, mas eu fiquei mais calma depois que ele falou isso, apesar da minha voz ainda estar falhando.

"Eu sou o João! Qual o seu nome?"

Como se ele tivesse o controle da minha voz, eu consegui falar de novo, mas era baixa e calma.

"Meu nome é Ana..."

Ele sorriu mais ainda, e então... desapareceu! Em um momento ele estava lá, e no seguinte não estava mais. Ele tinha sumido no piscar de um olho.

Na hora eu recuperei a minha força e a minha voz, e então eu sai da cama e estendi a mão, tateando o ar onde o homem estava. Eu procurei pelo corredor, pela sala, pelos quartos, pela casa inteira e não tinha mais ninguém lá. Agora eu tinha 100% de certeza que eu tinha visto um fantasma, e eu tinha certeza que era a mesma coisa que a minha mãe tinha visto do lado da cama dela. Então, no meio da noite, eu fui até o quarto dela e expliquei o que tinha acontecido.

"Me fala como o homem que você viu se parecia." Eu fiz ela me contar antes que eu dissesse o que eu tinha visto. E adivinha o que? Ela descreveu exatamente o homem que eu tinha visto. Eu perguntei se era o João, e ela fez que sim com a cabeça.

E essa é a minha história. Eu sei que não é nada muito maravilhoso, assustador ou interessante. Mas aconteceu de verdade. E porque ele resolveu se mostrar para mim? Eu não tenho idéia. Vai ver que era por que de todas as criança eu era a única que pensava que fantasmas era algo inventado pelo meu avô para me assustar.

Eu já passei por um outro encontro, mas essa é outra história...