Sete
é o número que mais aparece em citações de todas as obras místicas, na
magia, no ocultismo em geral, na Bíblia e em todos os livros sagrados.
Tudo o que enxergamos ou percebemos como um imenso degradê geralmente
acaba subdividido em sete pra facilitar. Sete notas musicais, sete cores
do arco-íris, sete dias da semana. Assim, não é difícil imaginar que o
sete apareça sempre que tentamos expandir nossa consciência para além do
véu da Maya.
Particularmente,
acredito que o sete seja um subproduto do 1, da Unidade, assim com o 3.
Um, digamos, firewall da Matrix contra curiosos e hackers, pra
preservar seu núcleo/essência. Talvez esteja adentrando o terreno
cabalístico ou hermético, portanto, não vou me alongar no que não
entendo de fato. Mas é interessante notar que uma das propriedades que
tem o número sete é ser o resultado da divisão de qualquer inteiro não
múltiplo de 7, por 7.
A mitologia Hindu define quatorze mundos (não confundir com planetas) divididos em um par de 7:
Sete mundos superiores (céus) e sete inferiores (infernos). A terra
é considerada o mais baixo dos sete mundos superiores. Todos esses
mundos, a exceção da Terra, são usados como lugares temporários de
permanência: se a pessoa morre na Terra, o deus de morte (oficialmente
chamado ‘Yama Dharma Raajaa, ou Yama, o senhor de justiça) avalia as
ações boas/más (assim como Anubis, deus egípcio) da pessoa em vida e
decide se aquela alma vai para o céu e/ou inferno, por quanto tempo, e
em que capacidade. A alma adquire um corpo apropriado para o mundo no
qual ela vai habitar, e ao término do tempo da alma nesse mundo, volta à
Terra (é renascido como uma forma de vida na Terra). Os hindus
acreditam que só na Terra, na condição humana, a alma alcance a salvação
suprema, livre do ciclo de nascimento e morte, para além dos quatorze
mundos.
Fico pensando que talvez resida aí a importância e curiosidade que
os alienígenas têm por nós. Será que nós, em nossa condição humana,
somos “especiais” por estarmos participando de um grande “provão
cósmico”? Será que eles vêm nos monitorar exatamente porque há espíritos
de seus antepassados entre nós?
Na Teosofia, os Sete princípios do Homem são os veículos que ele possui para manifestar-se nos diversos planos. Em seu conjunto formam a constituição setenária do Homem. Juntando essa teoria da Teosofia, junto com a dos mundos da mitologia hindu (que não são planetas, e sim planos de existência) e com os universos paralelos dos físicos teóricos, e teremos um modelo onde as individualidades, como a conhecemos, simplesmente não existem. Cada pessoa na terra seria um aspecto de um ser multidimensional (multi-universal seria mais correto), cuja consciência vai estar fragmentada entre esses mundos todos (sete? quatorze? não importa).
Especulo que haja uma comunicação constante (e velada) entre nossos
“eus” espalhados por aí, que podem não ser 7, nem 14, e sim infinitos
“eus”, que podem abranger a totalidade de toda a vida no universo (e nos
outros universos). Como um jogo de espelhos, onde não conseguimos
divisar a fonte emissora, apenas o resultado fragmentário. Ou de forma
inversa, como a internet P2P, onde os dados provêm das mais diversas
pessoas, de forma fragmentária, e são reunidos no destino final de quem
solicitou a informação completa. Creio que não somos pessoas, e sim
“veículos de idéias”. Idéias que se materializaram e acham que são
indivíduos. É a “queda dos anjos”. É o pecado original.
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