Páginas

sábado, 20 de julho de 2013

Sonho Revelador

"Em muitos casos, o contato com o além pode vir mesmo quando estamos dormindo !"
Bom, esse relato vem de antes de eu nascer. Aconteceu com uma tia-avó minha, que morava no nordeste na época.

Ocorre que ela estava em um completo estado de êxtase, pois acabara de presentear seu filho com um anel incrustado com um rubi, como congratulação por sua formatura no curso de Direito.

Seu único filho, que devia ter uns vinte e poucos anos, era adepto fervoroso do surfe, vindo a praticá-lo praticamente todos os dias, geralmente na parte da manhã. No entanto, poucos dias depois da sua formatura, após ter ido à praia para surfar, ele não retornou mais.

Dias se passaram, sem que houvesse qualquer notícia de seu paradeiro. A polícia, na época, interrogou vários amigos e familiares, mas ninguém havia encontrado com ele na praia naquele dia. Sua mãe foi a última pessoa que o viu, quando ele se despediu naquela manhã. Chegaram a acreditar, inclusive, que ele havia fugido, tivesse sido sequestrado (não era moda naqueles tempos, mas sua família era abastada) ou que teria sido vítima de roubo e morrido em conseqüência deste. Mas nada havia sido comprovado.

Em completo desespero, e muitos dias após o desaparecimento, minha tia procurou uma senhora que lia cartas. Foi indicação de uma vizinha, se não me engano, que conhecia a mulher e dizia que ela era fenomenal, longe de ser uma charlatã. Mesmo sendo católica, minha tia foi encontrá-la.

Não tenho detalhes do que ocorreu no encontro. Sei apenas que, em determinado momento, em transe, a mulher disse que minha tia sonharia com o meu primo um sonho revelador. Naquela mesma noite, ela sonhou. Sonhou que meu primo estava no mar e lhe dizia para não o procurar mais, que estava tudo bem e que a amava muito; tudo isso antes de ser engolido por um enorme peixe. Minha tia acordou aos prantos.

Dois dias depois, um pescador de Natal-RN foi até a polícia. Disse que havia matado um tubarão prego (que não era tão comum naquele litoral) e, quando o abrira, achara restos humanos. Não sabia da história do meu primo, mas foi às autoridades exatamente para o caso de haver algum caso de desaparecimento no mar.

Entre os restos mortais, havia um anel incrustado de rubi.
 
Fausto - Juiz de Fora - MG 

Sem comentários:

Enviar um comentário