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sábado, 20 de julho de 2013

INFÂNCIA ASSUSTADORA

"Existem muitos mistérios entre o nosso mundo e o do além, sendo que em certas ocasiões o que fazemos ou o lugar que frequentamos desatem os laços que unem esses dois mundos, permitindo que sejamos visitados pelos moradores e criaturas desta outra dimensão, ocorrendo desta forma fatos além da imaginação!"

Quando eu tinha de seis para sete anos, minha mãe, aconselhada por uma amiga, decidiu me levar em um centro espírita, para ver se poderia ser feita uma operação espiritual, conforme ela acreditava que poderia acontecer.
Lembro que chegamos na parte da manhã no centro, mas como havia muita gente para ser atendida, sendo que o meu atendimento só aconteceu por volta das 14:00'.
Porém, o homem que estava atendendo lá, (não sei se era ele mesmo quem fazia as curas ou se era apenas alguém responsável por marcar os horários para as pessoas serem atendidas posteriormente), esse homem disse que a cirurgia não poderia ser só espiritual, teria que acontecer alguns procedimentos cirúrgicos comuns, com cortes, curativos e tal.
Minha mãe não aceitou e fomos embora de lá.
Esse homem chegou a nos dar dois frasquinhos com um remédio, que segundo ele me ajudaria em minha enfermidade, mas minha mãe os jogou fora, não tomei nenhuma gota sequer.

Agora começam as coisas estranhas que vim relatar a vocês.
Não quero criticar crenças de ninguém, mas desde aquele dia em que fui naquele centro espírita, em Belo Horizonte, fatos estranhos começaram a acontecer comigo.
Passei a ter muito medo de escuro, coisa que não tinha antes.
Não gostava de ir sozinho nem na cozinha de casa, quando anoitecia, na verdade, não gostava de ficar sozinho, muito menos à noite e no escuro! Tinha muito medo.

Quando retornei para Rondônia (onde vivia), as coisas só foram piorando.
Sempre que eu estava na sala de casa sozinho, via no teto a cabeça de uma caveira me olhando. Mas era uma visão tão nítida, que não tenho como explicar.
Eu via detalhadamente todos os traços do crânio, aquela cor meio encardida, característica de ossos, a parte superior sem cabelo, os buracos dos olhos, o nariz, a boca, tudo! Era horrível. Era só eu ficar sozinho na sala e pronto, lá aparecia o crânio da caveira no teto.
Eu via pequenas e indefinidas formas negras, passando pelas paredes.
Tinham o tamanho aproximado de uma mão, e eram muitas, todas passando rápidas pelas paredes.
Certa vez, também na sala, eu estava vendo TV, estávamos só eu e minha avó em casa e ela estava na cozinha.
Para que ela pudesse vir da cozinha, teria que passar por uma salinha que tem ao lado da TV, para então pegar o corredorzinho que vai para os quartos, logo eu teria visto se ela tivesse passado.
Mas quando eu estava na sala, ouvi passos vindos dos quartos, mas não tinha ninguém lá!
Saí correndo da sala para a cozinha e minha avó realmente estava lá! Comprovando que não tinha mesmo ninguém no lugar de onde os passos estavam vindo.
Em outra ocasião, eu estava mexendo na cômoda que havia no meu quarto, essa cômoda ficava encostada na parede oposta na qual ficava minha cama. Enquanto eu mexia nas coisas dentro das gavetas, ouvi um som de respiração vindo da minha cama.
Aquele som como se alguém estivesse inspirando o ar. Corri pra fora do quarto na mesma hora.
Talvez essas situações não tenham ficado pior porque eu não dormia sozinho, na época eu dormia junto com minha avó.
Hoje fico pensando no que poderia ter acontecido se eu ficasse sozinho no meu quarto à noite.
Com o tempo tudo foi se acalmando. Hoje com 18 anos, a única coisa ruim que me acontece é a sensação de estar sendo observado.
Às vezes, quando estou sozinho, fico com uma impressão tão forte de que se eu me virar vai ter alguém atrás de mim, mesmo eu sabendo que estou sozinho, mas nunca mais vi nada estranho, só a impressão de que não estou sozinho, quando deveria estar.
Nessas horas, fico todo arrepiado. Mas já não saio correndo, como quando eu era criança.

Era só o que eu tinha para contar, pode não parecer assustador, mas para uma criança de 7 anos ficar vendo caveiras e ouvindo passos e barulho de respiração, não foi nada bom.


Richard - Campo Grande - MS - Brasil

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