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sábado, 20 de julho de 2013

AO QUE A BATIDA
DA PORTA LEVOU...



Eu e uma amiga minha estávamos tomando conta dos meus primos (dois gêmeos de 2 anos e uma garota de 5 anos). Eles tem dois labradores pretos e uma gata e moram em uma casa térrea.

Era por volta das 20:30 e as crianças já estavam na cama dormindo. Então nós estávamos na garagem, onde os meus tios tinham feito uma sala de televisão. Então, ouvimos alguém bater na porta da garagem. Nós fomos ver quem era, já imaginando que fosse uma das crianças, mas quando abrimos a porta, não tinha ninguém lá. Então apenas esquecemos do fato e voltamos a ver TV. Pouco tempo depois ouvimos a porta da cozinha bater, mas imaginamos que deveria ser um dos cachorros, já que a água deles ficava na cozinha, então apenas ignoramos o barulho. Mas uns 10 minutos depois nós escutamos alguém gritando, então corremos imediatamente para dentro da casa, achando que podia ser uma das crianças. E era, a minha prima de 5 anos. Ela estava deitada no chão do banheiro tremendo de medo. Quando eu tentei acender a luz, ela queimou. Então eu entrei no escuro e peguei ela no colo e fomos para a sala onde tinha luz, enquanto a minha amiga foi para o quarto dos gêmeos ver se eles estavam bem. Eu perguntei para ela se ela estava bem e o que tinha acontecido, ela me falou que viu uma coisa escura, mas não sabia dizer o que era, e então começou a gritar, e quando a coisa ouviu a gente entrando na casa, ela desapareceu.

A minha amiga voltou do quarto dos gêmeos e disse que eles ainda estavam dormindo e que estava tudo bem por lá. Depois disso eu peguei o telefone e liguei para os meus tios, para perguntar se alguma coisa assim já tinha acontecido antes. Eu disquei o número do telefone da minha tia e assim que ela atendeu, a linha caiu e o telefone ficou mudo, sem sinal de discagem. Eu achei que tinha acontecido alguma coisa com o telefone, então eu tentei ligar do meu celular...mas exatamente a mesma coisa aconteceu de novo. Nós não tínhamos idéia do que estava acontecendo, nós estávamos assustadas, mas não falamos nada na frente da minha priminha porque sabíamos que ela ia ficar mais assustada ainda.

Nós colocamos ela de volta na cama e falamos que tudo ia ficar bem. Quando voltamos para a sala alguém passou de carro pela frente da casa então e tocou a buzina. Nós olhamos pela janela e vimos uma figura escura olhando para a gente do lado do carro. Eu olhei para a minha amiga e ela olhou para mim, e quando olhamos de novo para o carro, ele não estava mais lá...tinha sumido!!! Nós gritamos tão alto que todas as crianças acordaram e começaram a chorar. Eu corri para o quarto dos gêmeos enquanto a minha amiga foi para o quarto da minha prima.

Depois de finalmente conseguir fazer os gêmeos dormirem de novo, eu fui para o quarto da minha prima, já que ela ainda estava chorando, mas já não tão alto quanto antes. Quando eu entrei, ela correu e me abraçou, eu perguntei por que ela ainda estava chorando, e ela falou que achou que tinham pegado a gente. Eu perguntei "o que" ela achou que tinha pegado a gente, e ela falou "o homem de preto". Eu falei para ela que estava tudo bem e que mais nada ia pegar ninguém. Então a minha amiga e eu ficamos no quarto esperando ela ir dormir de novo, mas ela não conseguia. Ela falou que dormia com os cachorros e o gato, mas eles tinha fugido do quarto quando ela gritou, então a minha amiga ficou com ela no quarto enquanto eu fui atrás dos cachorros.

Eu fui até a garagem e eles estavam deitados no chão lá, então eu peguei os três e levei até o quarto da minha prima, mas antes que eu entrasse na cozinha, eu vi uma figura escura entrar correndo na garagem. Eu pensei que estava apenas vendo coisas já que estava tudo escuro por lá, mas mesmo assim eu corri para o quarto da minha prima. Então eu peguei ela e levei todo mundo para o quarto dos gêmeos para todos ficarem juntos e a minha prima finalmente ir dormir. Então eu ouvi o telefone tocar. A minha amiga e eu nos olhamos porque o telefone estava sem sinal a pouco tempo atrás, nós estávamos com ele, verificando o tempo todo e não fazia 2 minutos que tínhamos visto que ele estava sem sinal. Agora nós já estávamos ficando bem assustadas, mas mesmo assim eu atendi o telefone e disse "Alo?" Ninguém respondeu então eu desliguei. Mas cerca de 20 minutos depois o telefone tocou de novo. Eu atendi e falei "Alo?" Dessa vez era a minha tia perguntando se estava tudo bem. Eu falei tudo o que tinha acontecido e perguntei se alguma coisa assim já tinha acontecido antes, mas ela falou que não. Eu falei que estava assustada, então ela falou que ia voltar mais cedo, e então o telefone ficou mudo de novo. Eu falei para a minha amiga o que a minha tia tinha falado. Antes que ela pudesse falar alguma coisa, o telefone tocou de novo. Dessa vez a minha amiga atendeu e falou, “Alo” e então a pessoa do outro lado da linha falou “Vocês terão companhia em breve, então fiquem na casa. Te vejo mais tarde, tchau.” e então desligaram o telefone. Depois disso eu liguei para a minha tia de novo e falei o que tinha acabado de acontecer. Deu para ver que ela ficou muito preocupada que alguma coisa pudesse acontecer com a gente, mas ela não disse nada, provavelmente para não nos deixar mais assustadas ainda. Ela apenas falou que ia ligar para a polícia e dizer o que tinha acontecido, e pedir para eles irem para a casa dela dar uma olhada na gente. ENtão eu desliguei o telefone. Depois de uns 10 minutos a polícia chegou e estava tudo bem. Deram uma olhada pela casa e não acharam nada de errado. A minha prima tinha finalmente parado de chorar e os gêmeos tinham acordado com o movimento na casa. Os meus tios só conseguiriam chegar na manhã seguinte lá pelas 11:00, então apenas levamos as crianças e os bichos para a minha casa a alguns quarteirões dali para que todos pudessem dormir e nós não precisássemos nos preocupar com nada que pudesse acontecer de ruim (bem, pelo menos não naquela noite).

Nós não recebemos mais nenhuma ligação de desconhecidos, mas o que deixou a minha amiga e eu mais assustadas do que nada é que nunca descobrimos quem ou o que era as sombras que nós vimos no carro e na casa, e ninguém na vizinhança jamais viu nada parecido com aquilo.

Até hoje nunca passamos por mais nada assim, mas ainda nos assustamos quando lembramos de tudo.

Carmem - São Paulo - S.P. 

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