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terça-feira, 14 de junho de 2016
Eslama
Boitatá
Os povos antigos do Brasil acreditavam que o Boitatá era um gênio protetor das matas, assim como o Curupira. Eles protegem florestas das queimadas, e punem aos que destroem ou incendeiam as árvore.
A lenda do Boitatá é tão antiga, que foi uma das primeiras a serem documentadas em cartas do Padre José de Anchieta em 1560.
Uma lenda antiga conta que o Boitatá antes era chamado de Boiguaçu, uma serpente gigante que vivia dormindo em uma caverna, como o lugar não recebia nenhum tipo de luz, ela era obrigada a forçar sua vista para conseguir enxergar na escuridão. Certa vez começou a chover muito forte, chegando a ser comparada a um dilúvio, toda parte da floresta foi alagada, até que todos os animais foram obrigados a subir em uma montanha muito alta. A gigantesca cobra também foi obrigada a sair de sua cova, e subiu também para a montanha.
Chegando lá, faminta, começou a matar todos os animais, mas só engolia seus olhos. Dentro de sua barriga os olhos dos animais devorados continuaram a brilhar, e o corpo da serpente se tornou brilhoso e fosforescente, seus olhos que ja eram grandes, se tornaram maiores e cintilantes, como duas fornalhas acesas, assim o Boiguaçu se transformou no conhecido Boitatá.
Por essa maldade, a cobra foi condenada a vagar eternamente pelas matas, protegendo a natureza contra incêndio e punindo os malfeitores.
Quem encontra o Boitatá pode morrer cego ou louco, até morrer de medo ou queimado. Uma forma de se proteger é ficar parado sem encarar o monstro, se uma pessoa ao encontro da misteriosa criatura começa a correr, ele irá o perseguir até a morte.
A lenda do Boitatá pode ter surgido do fenômeno conhecido como Fogo-fátuo.
Behemoth
Behemoth é um monstro bíblico gigante que foi primeiramente citado no Livro de Jó. Nunca conseguiram o descrever numa versão física, poderia ser descrito como um touro gigante de três chifres ou apenas a mistura de grandes animais como elefantes, hipopótamos, rinocerontes, mamutes e até dinossauros.
Hécate
Na religião e mitologia Grega, Hécate é a deusa da bruxaria, magia, necromancia, encruzilhadas, da noite, dos fantasmas e da lua. A única filha dos titãs Perses e Astéria a receber o poder sobre o céu, a terra e o mar.
Hécate era inicialmente representada como uma mulher com duas tochas acompanhadas por duas cadelas pretas ou um cão de três cabeças. Também era comum ver Hécate em linhas que representavam as encruzilhadas.
Sua primeira história conta que foi enviada para ajudar Deméter em sua busca por Perséfone. Guiando-a através da noite com suas tochas, e o farejo dos seus cães.
Com o passar dos tempos, Hécate foi idolatrada como uma grande deusa salvadora e de proteção, mas como também representava a noite e seus mistérios, foi considerada também uma entidade do submundo, que reinava na noite acompanhando todas as almas dos defuntos.
Hécate é adorada pelas Bruxas, vista pelas praticantes de magia negra como uma divindade infernal, que envia os fantasmas e demônios para a terra, assim como ensina a arte da feitiçaria, habitando as encruzilhadas, túmulos e lugares próximos ao sangue de pessoas assassinadas.
Ela também perambula com as almas dos mortos, e sua chegada é anunciada pelo uivo dos cães. Em tempos modernos foi descrita como uma mulher assustadora, por vezes com três cabeças, sendo elas de cavalo, leão e cão. Também representada como uma mulher espectral de aparência muito velha, acompanhada por outras duas mais jovens.
Hécate é invocada pelas Bruxas de várias maneiras, a mais antiga delas e também mais comum é o sacrifício de carneiros negros e o mel.
Selkies
As lendas antigas sobre Selkies as descrevem como 'O Povo Foca'. Quando estão na água, se disfarçam entre as focas e vivem com elas, mas quando estão em pedras ou na terra, elas arrancam sua pele, ficando como humanos.
Em sua forma humana, as Selkies dançam nas praias como belas e encantadoras moças, mas não podem se afastar muito de sua pele de foca, pois sem ela, não possuem o poder e não conseguem voltar para o mar.
Lendas afirmam que se um homem humano rouba a pele de uma Selkie, ela é obrigada a se casar com ele, pode ter filhos (estes nascem com pés e mãos colados como os de uma foca) e uma vida doméstica normal, mas quando encontra sua pele, deixa tudo para trás e volta imediatamente para o mar.
Uma das histórias mais famosas sobre Selkies existe na Ilha de Mikladalur localizada nas Ilhas Faroé, onde um pescador observava as Selkies dançarem na praia, e um certo dia, ele esconde a pele de uma delas, e a faz de sua esposa. O pescador guarda a pele de foca em um baú de coisas íntimas. Um dia ele vai pescar, e esquece a chave em casa, até que a Selkie descobre, e assim que vê sua pele, se lembra do passado e em seguida foge para sua casa, onde reencontra sua família selkie.
O pescador resolve a seguir e encontra o marido da selkie e seus dois filhos em uma caverna, e os mata como punição, assim como outras focas que estavam em seu caminho. Ao descobrir, a Selkie jura vingança contra todos os homens da ilha de Mikladalur. Depois disso, muitos homens foram mortos afogados, jogados de penhascos. As mortes continuariam até que o povo selkie ligasse os braços de todos eles circulando a ilha. Em homenagem a mulher Selkie, uma estátua foi construida na pedra onde ela era avistada, e ficou conhecida como A Mulher Foca de Mikladalur.
A origem do povo Selkie é desconhecida, em algumas regiões, acreditam ser seres humanos com amor platônico, que se afogaram no mar, e foram condenados a viver como focas. Outras regiões dizem ser apenas o espírito de alguns afogados, que retornam como focas, ou até anjos caídos que virariam fadas se caíssem na terra, e selkies se caíssem no mar.
Selos turísticos das Ilhas Faróe
Brownies
Os Brownies (Duende Amigo) são um tipo de duende do folclore irlandês, pode ser considerado parente dos Domovoy da Rússia, ou dos Nisse ou Tomte da Finlândia por ter características semelhantes que também lembram um elfo doméstico.
Os Brownies são descritos como seres pequenos de pele enrugada, com cabelo encaracolado castanho ou dourado, vestindo um manto e capuz marrom.
Dizem que eles habitam as casas e gostam de ajudar nos afazeres domésticos, mas para isso
gostam de receber presentes em troca, seus favoritos são os alimentos, de preferencia Mel e Mingau.
Eles costumam abandonar a casa se seus donos não os presentear.
Brownies constroem suas casas ou ninhos em partes inutilizadas das casas, como sótãos ou porões. Alguns folcloristas afirmam que com o passar dos anos, os Brownies não podiam ser vistos por pessoas normais, mas sim aquelas que possuiam a segunda visão.
Acredita-se também que eles nunca falavam com os seres humanos, mas mantinham conversas frequentes e afetuosas entre si.
Em 1703 o Ministro John Brand descreveu Shetland na Escócia como sendo um ambiente habitado por tais seres:
''Não mais de 40 ou 50 anos atrás, cada família tinha um Brownie ou um espírito do mal,
que era lhes dado um sacrifício pelo seu serviço, oferecido em uma pedra chamada Pedra dos Brownies ou em uma pilha de palhas de milho, que mesmo não estando amarradas com cordas, a maior das tempestades não poderia desfazê-las.''
Existe um bolinho chamado Brownie, e acredita-se que leva este nome por serem 'marronzinhos' que seria a tradução do nome Brownies pela cor da pele ou das vestes dessas criaturas, o bolo antigamente era feito com melado, apenas mel, leite ou chocolate, hoje em dia são feitos com vários outros ingredientes como nozes e etc.
quarta-feira, 30 de março de 2016
Os Tuatha dé Danaan
O povo celta habitou muitas regiões da Europa, onde mais tarde se consolidariam as nações da Gália, Bretanha, Germânia; estiveram também na Península Ibérica e nas ilhas Britânicas. A maior incidência de seus mitos concentrou-se provavelmente nas terras de Érin, como era chamada a Irlanda.
Um dos povos míticos mais importantes, para os celtas, foram os Thuatha dé Danaan, expressão que significa “O Povo da Deusa Dana”. Era Dana a deusa-mãe do panteão celta. Dizem as tradições que essa tribo chegou à ilha de Érin durante um festival de verão, chamado Beltaine. Essa era a época dos “fogos de Bel”, em que se acendiam fogueiras em honra ao deus Bel, o Sol. Na Gália, esse deus foi conhecido como Belenos.
Os Tuatha, o povo da deusa Dana, chegaram
por mar, seus navios envoltos em uma névoa encantada. Assim que
desembarcaram, queimaram os próprios navios, isso significando que
tinham vindo para ficar. Consta que suas moradas anteriores tinham sido
as misteriosas cidades de Falias, Gorias, Findias e Murias. De cada uma
delas eles haviam trazido para as novas terras um tesouro precioso.
De Falias trouxeram a Lia Fáil, chamada
Pedra do Destino, que pertencia ao elemento Terra. Foi usada para a
confirmação dos reis da Irlanda, pois quando os pretendentes de Érin se
colocavam sobre a Lia Fáil, ela soava, confirmando o direito do rei. De
Gorias trouxeram a Gáe Assail, a LÇança de Assal, que foi usada pelo
deus Lugh, senhor das artes, uma arma do elemento Fogo. De Findias eles
trouxeram a Espada de Nuada, que pertenceu a um rei mítico e que é
associado ao elemento Ar. E de Murias foi trazido o Caldeirão de Dagda, o
deus que é senhor da vida e da morte – o caldeirão está ligado ao
elemento Água e é chamado O Inesgotável, pois contém a Fonte da Vida.
Esse recipiente sagrado é o Graal, e foi buscado por muito tempo pelos
descendentes dos celtas.
Os Tuathá de Danaan se estabeleceram na
Irlanda, e tiveram várias lutas com outro povo que lá habitava, os
Fomoire. Foram eles que estabeleceram a Idade de Ouro nas terras de
Érin, e governaram tendo por capital Tara, o local mais mágico da ilha.
Além de Dana, Bel, Lugh e Dagda, tinham
também por deuses Brighid, deusa tríplice; Lyr, deus marinho, Mórrigan,
deusa da guerra, e ainda outras divindades.
Foram os celtas os criadores do druidismo; sua mitologia é profundamente espiritual e traduz enorme respeito à Natureza.
Deusa Scathach
Scathach / Scath: Seu
nome significa a “Sombra”, aquela que combate o medo. Deusa guerreira e
profetisa que viveu na Ilha de Skye, na Escócia. Ensinava artes marciais
para guerreiros que tinham coragem suficiente para treinar com ela,
pois era dura e impiedosa. Considerada a maior guerreira de todos os
tempos foi a responsável por treinar Cu Chulainn.
Deus Ogma
Ogma / Oghma: deus da
eloqüência, da vidência e mestre da poesia que, na tradição irlandesa,
segundo o “Livro de Ballymote”, foi quem inventou o alfabeto oracular
“Ogham”, utilizado pelos antigos Druidas, baseado em árvores sagradas.
Ogma, meio-irmão de Dagda, Bres e Lugh, era um guerreiro, retratado como
um ancião com sorriso no rosto, vestindo casaco de pele e carregando um
arco e bastão.
Deusa Morrigan e suas irmãs, Macha e Badb.
Morrigu / Morrigan / Morrighan: é
a Grande Rainha “Mor Rioghain”, na mitologia irlandesa, da tribo dos
Tuatha Dé Danann. Senhora da Guerra, possuía uma forma mutável e o poder
mágico de predizer o futuro. Reinava sobre os campos de batalha e junto
com suas irmãs Badb e Macha eram conhecidas pelo nome de “Três
Morrígans”, relacionadas à triplicidade que, para os celtas, significava
a intensificação do poder. Associada aos corvos, ao mar, as fadas e a
guerra, além da associação à Maeve, rainha de Connacht, casada com o rei
Ailill e à Morgana, das lendas arthurianas. Podia mudar sua aparência à
vontade, como em um lobo cinza avermelhado. Nos mitos relacionou-se com
Dagda e apaixonou-se pelo grande herói celta, Cu Chulainn, que
despertou toda sua fúria, ao rejeitá-la. Deusa da morte e do
renascimento, da fertilidade, do amor físico e da justiça.
Deus Manannán Mac Lir
Manannán Mac Lir: Filho
de Lir, também é considerado um Deus do mar e do Outro Mundo,
homenageado como uma das principais divindades marítimas pelos
irlandeses e reverenciado como protetor dos marinheiros. Viaja pelo mar
muito mais rápido que o vento em um barco mágico puxado por um cavalo
chamado Enbharr, que significa “Espuma de água”. Mestre na mudança de
forma, Manannán era uma divindade popular entre os Bardos e todos
aqueles que praticavam a adivinhação. Quando os Dananns foram derrotados
pelos Milesianos, foi Manannán quem os levou à “Terra da Juventude”,
Tir na nÓg, através de colinas subterrâneas, o Sídhe. Ele tinha uma
armadura que dizia ser impenetrável e uma capa mágica do esquecimento e
da invisibilidade.
Deusa Macha
Macha: deusa da
fertilidade e da guerra, filha de Ernmas, junto com as irmãs Badb e
Morrighan, podia lançar feitiços sobre os campos de guerra. Após uma
batalha os guerreiros cortavam as cabeças dos inimigos e ofereciam a
Macha, sendo este costume chamado de a “Colheita de Macha”. É a deusa
dos equinos, que durante a gravidez foi forçada a uma corrida de
cavalos. Quando chegou ao final, entrou em trabalho de parto e deu à luz
a gêmeos. Antes de morrer, Macha colocou uma maldição sobre os homens
da província para que em tempos de opressão e maior necessidade, eles
sofreriam dores como as de um parto.
Deus Lugh
Lugh / Lug / Lugus: um
dos grandes heróis da mitologia irlandesa, Lugh era filho de Cian (neto
por parte dos Dananns de Dian Cecht) e de Ethniu, filha de Balor, rei
dos Fomorianos. Uma profecia dizia que Balor seria morto por seu neto.
Para evitar esse destino, mandou dar fim nos netos, mas Lugh sobreviveu e
foi criado por Tailtiu, sua mãe adotiva. Sua festividade é Lughnasadh, a
festa da primeira colheita. Ficou conhecido como “Lugh Lámfada” – Lugh
dos braços longos e “Lugh Samildanach” – Lugh, o artesão múltiplo. Lugh é
o Deus dos ferreiros, cujo domínio incluía a magia, as artes e todos os
ofícios em geral, seu nome significa “Luz” – belo como o Sol. Guardião
da espada mágica e da lança invencível, vinda da cidade de Gorias, um
dos quatro tesouros dos Tuatha Dé Danann.
Deus Lear
Lir / Lear: No folclore
irlandês, Lir era o Deus do mar, considerado também, o Senhor do
submundo (o mundo dos ancestrais), da magia e da cura. Lir era pai de
Manannán Mac Lir e das crianças Fiachra, Conn, Fingula e Aod, que foram
transformadas em cisnes por causa do ciúme da sua madrasta Oifa, nos
contos do Ciclo Mitológico Irlandês, conhecido como: O Destino dos
Filhos de Lir.
Deus Goibniu
Goibniu / Goibhniu: Era o
grande ferreiro, construtor e mestre da magia. Goibniu, junto com
Credne e Luchta, formavam os três artesãos divinos, conhecidos como os
“Trí Dé Dána”. Foi quem forjou todas as armas dos Tuatha Dé Danann e
criou o novo braço para o rei Nuada. Suas armas sempre atingiam o alvo e
a ferida provocada por elas, era fatal. Deus dos ferreiros, das
habilidades culinárias e do trabalho com metais em geral.
Deusa Flidais
Flidais: deusa da
floresta, dos bosques, da caça e das criaturas selvagens, representa a
força da fertilidade e da abundância. Viajava numa carruagem puxada por
cervos e tinha uma vaca mágica que dava muito leite. Seu nome significa
“Doar”, elucidado no conto de “Táin Bó Flidais” – O Roubo do Gado de
Flidais. Tinha o poder de se metamorfosear na forma de qualquer animal.
Deusa Eriu
Erin / Eriu: filha de
Fiachna e Ernmas, descrito no Lebor Gabála Érenn (Livro das Invasões).
Junto com suas irmãs Banba e Fotla, Erin era uma das três rainhas dos
Tuatha Dé Danann, que deu seu nome à Irlanda, através de uma promessa
feita por Amergin, após a invasão dos Milesianos.
Deus Diancecht
Dian Cecht / Diancecht: deus
da cura foi o grande médico e curador dos Tuatha Dé Danann, responsável
pela restauração do braço de Nuada por um outro braço de prata.
Diancecht era irmão de Dagda e teve vários filhos, entre eles Airmid,
Etan, Cian, Cethé, Cu e Miach. Seu nome significa “Rápido no poder”.
Deusa Dana
Dana / Danu / Danann: considerada
a principal deusa mãe da Irlanda e do maior grupo de deuses, os Tuatha
Dé Danann, o Povo de Dana ou o Povo Mágico (Daoine Sidhe), a tribo dos
seres feéricos. A Terra de Ana (Iath nAnann), às vezes, é identificada
como Anu ou Ana, seu nome significa “Conhecimento”. Era consorte de Bilé
e mãe de Dagda. Em Munster, na Irlanda, Dana foi associada a dois
morros de cume arredondados, chamados de “Dá Chich Anann” ou “Seios de
Ana”, por se parecem com dois seios. É a deusa da fertilidade, da terra e
da abundância.
Deus Dagda
Dagda: deus da magia, da
poesia, da música, da abundância e da fertilidade. No folclore
irlandês, Dagda era chamado de “o bom deus”, possuía todas as
habilidades sendo bom em tudo, “Eochaid Ollathair” (Pai de todos) e
“Ruad Rofhessa” (Senhor de Grande Sabedoria), considerado mestre de
todos os ofícios e senhor de todos os conhecimentos. Consorte de Boann,
teve vários filhos, entre eles Brighid, Oengus, Midir, Finnbarr e Bodb, o
Vermelho. Dagda tinha um caldeirão mágico, o Caldeirão da Abundância,
que nunca se esvaziava e uma harpa de carvalho chamada “Uaithne”, que
fazia com que as estações mudassem, quando assim o ordenasse. Além
disso, tinha um casal de porcos mágicos que podiam ser comidos várias
vezes e que sempre reviviam, bem como, um pomar que, independente da
estação, dava frutos o ano todo.
Deusa Caileash
Cailleach: é a deusa da
terra e das rochas, diz a lenda que ela criou os morros e as montanhas a
sua volta, ao atirar pedras em um inimigo. Na mitologia irlandesa e
escocesa é conhecida também como a “Cailleach Bheur”, que significa
mulher velha, às vezes, descrita de capuz com o rosto azul-cinzento.
Geralmente é vista como a deusa da última colheita (Samhain), dos ventos
frios e das mudanças, aquela que controla as estações do ano, a Senhora
do Inverno.
Deusa Boann
Boann / Boand / Boyne: deusa
que deu nome ao rio Boyne, na Irlanda, descrito nos poemas
“Dindshenchas” – lendas relacionadas à origem dos nomes dos lugares
sagrados da Irlanda – do Ciclo Mitológico Irlandês e na lenda do “Salmão
da Sabedoria”. É mãe de Oengus com o grande Dagda. Era esposa de
Nechtan ou Echmar, que fez uma viagem de apenas um dia e uma noite
quando, na verdade, a viagem durou nove meses. Dagda usou seu poder para
esconder o adultério de Boann. É a deusa da fertilidade, da abundância e
da prosperidade.
Deusa Brigit
Brigit / Brigid / Brighid / Brig: deusa
reverenciada pelos Bardos, tanto na Irlanda como na antiga Bretanha,
cujo nome significa “Luminosa, Poderosa e Brilhante”. Brighid, a Senhora
da Inspiração, era filha de Dagda, associada à Imbolc e as águas doces
de poços ou fontes, que ficam próximos às colinas. É a deusa do fogo, da
cura, do lar, da fertilidade, da poesia e da arte, especialmente a dos
metais. Brighid também é uma deusa guerreira, conhecida como “Bríg Ambue“,
a protetora soberana dos Fianna. Brighid era consorte de Bres e mãe de
Ruadan, que foi morto ao espionar os Fomorianos. Ela sentiu
profundamente a morte do filho, dando origem ao primeiro lamento poético
de luto irlandês, conhecido como keening.
Deus Bilé
Bilé: considerado o pai
dos deuses e dos homens. Companheiro de Dana e pai de Dagda, o principal
líder dos Tuatha de Danann. Alguns mitos dizem que ele era o
antepassado dos Milesianos, último grupo de soldados liderados por Mil
Espáine, que invadiram a Irlanda na época de Beltane e derrotaram os
Tuatha de Danann. Bilé é o Deus do Outro Mundo, considerado o “primeiro
ancestral”, associado às fogueiras da purificação. Na tradição irlandesa
“Bilé” significa “Árvore Sagrada”, que pode representar uma árvore real
ou um ponto de referência central a um local religioso ou altar.
Deusa Badb
Badb: deusa da guerra,
dos campos de batalha e das profecias. Era conhecida como “O Corvo de
Batalha” ou “A Gralha Escaldada”. Com suas irmãs, Macha e Morrighan,
formava um trio de Deusas guerreiras, as filhas da Deusa-mãe Ernmas, que
morreu em “A Primeira Batalha de Magh Turedh”, conto que descreve como
os Tuatha Dé Danann tomaram a Irlanda dos Fir Bolg. Badb rege a morte, a
sabedoria e a transformação.
Deus Oengus
Deus Oengus
Oengus / Angus Mac Og:
Deus da juventude, do amor, da beleza e da inspiração poética, um Tuatha
de Danann. Era filho de Dagda e Boann e, assim como o pai, possuía uma
harpa mágica, que produzia um som doce e irresistível. Foi associado à
“Brugh na Bóinne” (Newgrange – Irlanda). Oengus se apaixonou por uma
linda jovem do Sídhe, mas somente a via em sonhos. Essa é uma lenda que
faz parte do Ciclo Mitológico Irlandês, conhecida como O Sonho de Oengus.
Deusa Áine
Áine: deusa do amor, da
fertilidade e do verão. Rainha dos reinos feéricos dos Tuatha de Danann,
conhecida como “Cnoc Áine” (Monte de Áine) é a soberana da terra e do
sol, associada ao solstício de verão, às flores e as fontes de água.
Áine (Enya) – filha de Manannán Mac Lir – representa a luz brilhante do
verão. Como uma deusa solar, podia assumir a forma de uma égua vermelha.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
Vampiro Chinês, Hopping Ghost - Cadáver Saltitante - Jiangshi
Também conhecido como Vampiro Chinês, Hopping Ghost - Jiangshi ou Cadáver Saltitante é um ser fantástico do folclore chinês, relacionado como um vampiro ou considerado um fantasma, pois segundo a lenda, é uma alma degradada que foi amaldiçoada a viver para sempre assombrando o mundo dos vivos, sem poder ter o descanso eterno.
Vivem nos cemitérios e podem sair para passear em outros lugares, saltando para cima de qualquer corpo que se move, onde pode o habitar.
Os cadáveres saltitantes levam esse nome pelo seguinte motivo: quando possuem um corpo humano, não conseguem dobrar os joelhos devido a sua falta de energia, assim, tendem a se locomover saltitando por aí.
Fora de um corpo normal conseguem flutuar. Alguns tem uma forma
fantasmagórica, se apresentam com um rosto pálido, e o rosto pálido meio
esverdeado, que por vezes pode nos lembrar um palhaço. Muitos conseguem
ser mais feios que os outros, tem línguas pra fora ou globos oculares
pendurados.Tem um cheiro horrível que não pode ser descrito, mas por vezes pode ser fatal.
Vivem armados com unhas compridas que podem rasgar, são sua arma mais letal.
Dormem em caixões ou sepulturas, pois temem a luz solar.
Quando uma pessoa encontra um Cadáver Saltitante, ela deve prender a respiração, pois este é o som que atrai o fantasma.
Dormem em caixões ou sepulturas, pois temem a luz solar.
Quando uma pessoa encontra um Cadáver Saltitante, ela deve prender a respiração, pois este é o som que atrai o fantasma.
O momento mais desagradável se dá quando a criatura encosta sua mão no
pescoço de um humano, poucas pessoas que conseguiram escapar relatam que
é o pior sentimento existente. A lenda diz que os sobreviventes
estariam portando algum amuleto que os repeliam, como por exemplo o
símbolo do yin yang.
Eles também temem vassouras, grãos de arroz grandes, espelhos com 8 lados, sangue de galinha, o som de sinos e como a maioria dos fantasmas asiáticos, não conseguem cruzar água corrente. Para deter tal criatura fantasmagórica, é preciso colar em suas vestes um símbolo de Yin yang ou queimar o seu caixão.
Eles também temem vassouras, grãos de arroz grandes, espelhos com 8 lados, sangue de galinha, o som de sinos e como a maioria dos fantasmas asiáticos, não conseguem cruzar água corrente. Para deter tal criatura fantasmagórica, é preciso colar em suas vestes um símbolo de Yin yang ou queimar o seu caixão.
A origem da história dos Cadáveres Saltitantes é muito antiga, veio da
prática popular de transportar cadáveres de pessoas que morreram longe
de sua aldeia. Assim, era realizado um ritual de necromancia, por um
monge ou sacerdote Taoista, para que reanimasse o cadáver para que ele
mesmo aprendesse o caminho para sua vila. Os sacerdotes transportavam
esse cadáver apenas a noite em um cortejo, ele iria saltitando para
casa, e sinos eram tocados para alertar a todos sua presença, que era
considerada de má sorte. Alguma dessas experiências estão incluídas no
livro do autor Liao Yiwu, chamado The Corpse Walker.
Esse tipo de fantasma é representado até hoje em bonecos, que servem
como amuleto de proteção, para espantar seus iguais, pois cada um possui
o símbolo que os afasta. Eles também serviram de inspiração para a
criação da personagem Lei-lei, do game Darkstalkers.